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Corinthians confirma reunião com Oswaldo e não garante permanência de técnico

Guto Ferreira é tratado como um possível substituto do atual técnico do Timão

Data: Quarta-feira, 14/12/2016 00:00
Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO
Oswaldo de Oliveira não está agradando a diretoria corintianaDANIEL TEOBALDO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
 

Pressionado pelas fracas atuações do Corinthians na reta final desta temporada, Oswaldo de Oliveira corre o risco de ser demitido pelo clube ainda neste ano. Sem conseguir a vaga à Libertadores de 2017, o treinador se reunirá com o presidente Roberto de Andrade nesta quarta-feira ou mais tardar na quinta para definir seu futuro.

 

"Não vou falar se 'fica' ou 'sai', vamos conversar, vamos avaliar, não sei se vai ser hoje. Vamos ter uma conversa clara e esclarecedora, também para sentir o que o Oswaldo quer para 2017", afirmou o diretor de futebol do Corinthians, Flávio Adauto, em entrevista à rádio Transamérica, na qual enfatizou também que está no aguardo para "sentir o que Oswaldo quer" para a próxima temporada.

 

Internamente, Roberto de Andrade vem sofrendo com as cobranças de conselheiros, opositores e até de aliados, que querem a demissão do técnico. As principais queixas se referem às fracas atuações da equipe - o treinador acumula apenas 37% de aproveitamento nesta atual passagem pelo clube - e ao fato de Oswaldo não ter assumido sua parcela de culpa no fracasso no Brasileirão, no qual o time terminou na sétima posição após ter sido derrotado pelo Cruzeiro por 3 a 2, no último domingo, no Mineirão.

 

Com a possível demissão, o nome de Guto Ferreira vem sendo apontado como um dos favoritos para ser o sucessor de Oswaldo de Oliveira. O técnico, que conseguiu o acesso à elite nacional com o Bahia ao terminar a última Série B na quarta posição, está de ferias na Alemanha, onde também aproveita para se aprimorar profissionalmente acompanhando os treinos do Stuttgart e do Hoffenheim.

 

A possível saída de Oswaldo também serviria para aliviar a grande pressão que Roberto de Andrade vem sofrendo. No mês passado, conselheiros do Corinthians chegaram a protocolar um requerimento pedindo a abertura do processo de impeachment do presidente do clube. Foram obtidas 63 assinaturas entre 345 integrantes do Conselho Deliberativo.

 

O pedido foi motivado pelos documentos que Andrade teria assinado antes de ser eleito presidente do clube. Foram duas ocasiões: rubrica na lista de presença de assembleia geral de cotistas da arena e na ata e no contrato do estacionamento do estádio com a Omni, empresa que também administra o programa Fiel Torcedor. Roberto de Andrade se defende afirmando que já estava com o cargo em exercício quando assinou o contrato.

 

Em caso de afastamento do cargo, quem deve assumir é o primeiro vice-presidente do clube, André Luiz de Oliveira, o André Negão. Como restam mais de seis meses para a próxima eleição, em fevereiro de 2018, ele terá de convocar novo pleito. Oliveira é um dos investigados na Operação Lava Jato pelo suposto recebimento de R$ 500 mil em propina durante a construção do Itaquerão.