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Cuiabá deve terminar o ano com 1,6 mil novos casos de câncer de pele

Dezembro é considerado o mês de prevenção ao câncer de pele. A melhor forma de prevenção da doença é usar protetor solar.

Data: Terça-feira, 13/12/2016 00:00
Fonte: Do G1 MT
 
 
Uso adequado de protetor solar é uma  das maneiras de prevenir o câncer de pele (Foto: RBS TV/Reprodução)
O uso adequado de protetor solar é uma das maneiras de prevenir o câncer de pele (Foto: RBS TV/Reprodução)
 

Em Cuiabá deverão ser registrados 1,6 mil novos casos de câncer de pele neste ano, segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca). A incidência é maior se comparada com outros tipos de câncer. Os de mama, por exemplo, deverão somar 710. Dezembro é considerado o mês da prevenção do câncer de pele, que pode ser feita de forma simples: usando filtro solar.

 

A dermatologista Fernanda Aguirre diz que é preciso observar algumas coisas no momento da compra do protetor solar, para ter certeza que o produto vai te proteger.

 

“O filtro solar ideal deve apresentar um amplo espectro de proteção. Isso é evidenciado na embalagem como uma proteção anti-UVB e anti-UVA. Ele deve ter um fator de proteção solar acima de 30. O ideal seria ele dele contar os filtros solares físicos e químicos, que conferem aquela aparência mais esbranquiçada ou aquela aparência até com base no produto. Isso te protege mais. E em relação aos diferentes tipos de pele, uma pele mais oleosa deve optar por um filtro solar gel creme ou fluido, e para uma pele mais seca, o cosmético em creme seria o ideal”, explicou Fernanda.

 

A dermatologista Natália Gribb, que trabalha no Hospital de Câncer, diz que a maioria das vítimas é de homens com mais de 40 anos e com histórico de exposição ao sol. O tipo de pele também influencia no tipo de câncer que pode atingir a pele. Os três principais são carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular, e o melanoma.

 

“O espinocelular está mais relacionado a uma exposição crônica ao sol e por isso os indivíduos mais idosos são os com mais fator de risco. Já o basocelular e o melanoma estão mais relacionados àqueles indivíduos de pele muito clara e que tem dificuldades de se bronzear. É aquele indivíduo que sempre sai ao sol e faz queimadura. Então esse indivíduo não precisa ter tanta exposição. Mas, se a cada exposição ele tiver queimaduras graves, com certeza aumenta o risco de ele ter câncer de pele”, disse Natália.

 

Os dermatologista recomendam que, no dia-a-dia, para quem não se expõe tanto ao sol, o protetor solar deve aplicado pela manhã, antes de sair de casa, e reaplicado na hora do almoço. No caso sde exposição ao sol nos momentos de lazer, a reaplicação deve ser feita no mínimo a cada três horas, e principalmente após o suor excessivo e contato com a água.

 

Os dermatologistas recomendam que a proteção precisa ser feita em todas as partes do corpo. O câncer de pele costuma aparecer numa parte do corpo que quase nunca recebe proteção solar: a orelha.

 

“A orelha, principalmente nos homens, que tem cabelo mais curto, fica muito exposta à radiação ultravioleta, com grande risco de câncer de pele e é um dos locais inclusive, em relação ao carcinoma espino celular, que dá um maior grau de mortalidade pelo maior risco de uma lesão mais invasiva. O lábio também é uma região que deve ser cuidada. Não pode esquecer de passar filtro solar nos lábios, braços, dorso de mão e, no uso de short ou saia, nas pernas também”, disse Natália.

 

O câncer de pele é uma doença silenciosa, que muitas vezes é confundida com uma espinha, uma pequena ferida que não cicatriza e tem sangramentos. No tratamento na rede pública de saúde, o paciente deve procurar primeiro um posto de saúde. O médico pede exames e, se a suspeita se confirmar, ele será encaminhado para o escritório regional de saúde, que faz a regulamentação.

 

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, sete hospitais fazem o tratamento hoje em Mato Grosso: quatro em Cuiabá, um em Sinop, um em Rondonópolis e um em Cáceres.

 

Na maioria dos casos, o tratamento é feito com cirurgias. Em outras situações mais graves é preciso sessões de quimioterapia após a cirurgia. O importante é que o  diagnóstico seja feito da forma mais rápida possível.

 

“Quando o diagnóstico é precoce, a retirada cirúrgica da lesão leva 100% de cura. Em casos mais específicos, como o melanoma, ele sofre metástases locais. Por isso a necessidade de um diagnóstico precoce.