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NOTÍCIA

Bancários entram em greve nesta terça-feira

Data: Segunda-feira, 05/09/2016 00:00
Fonte: Patrícia Helena Dorileo, repórter do GD

 

 

O cidadão deve aproveitar esta segunda-feira (5) para realizar procedimento bancário que exija ida à agência, pois a partir de amanhã (6) os bancários entram em greve por tempo indeterminado.

 

A paralisação foi decidida em assembléia geral na última quinta-feira (1). O diretor do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários (SEEB-MT), José Maria Guerra, explica que há duas principais pautas de reivindicação.

 

“Pedimos reajuste de 14,78%, que corresponde a 5% de aumento real acima da inflação. A Federação Nacional dos Bancos (FNB) nos propõe 6,5% mais o abono, mas isso não repõe nem a inflação”, explica Guerra.

 

Para o presidente do SEEB-MT, Clodoaldo Barbosa, a proposta impõe prejuízos e perdas salariais à categoria. “Representa perda real de 2,8%, além disso, o índice de reajuste rebaixado significa uma perda de R$436,39 nos vales-alimentação e refeição em um ano, se levada em conta a inflação projetada de 9,57%”, explana.

 

Outra reivindicação é a melhoria nas condições de trabalho, especialmente pela falta de pessoal. “Na última semana, por exemplo, uma agência do Bradesco foi punida pelo Procon porque não cumpriu a regra dos 15 minutos. Isso acontece por falta de gente para atender”, afirma o diretor do SEEB-MT. Essa falta ainda refletem na saúde dos bancários, conforme as lideranças sindicais.

 

Pedem mais contratações e fim das terceirizações. Desde janeiro deste ano, cerca de 6 mil servidores foram desligados do sistema bancário.

 

A categoria ainda pede PLR de 3 salários mais R$8.317,90 fixos para todos os trabalhadores; piso salarial de R$3.940,24; vales alimentação, refeição, 13ª cesta básica e auxílio-creche/babá no valor de R$880 ao mês; auxílio-educação; Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários; mais segurança nas agências e fim das desigualdades salariais entre homens e mulheres.

 

A data de início para paralisação não é a toa. “As duas primeiras semanas do mês são as mais movimentadas nas agências devido ao pagamento de servidores públicos”, diz Guerra, evidenciando que, assim, chamarão mais atenção dos órgãos a negociarem.