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NOTÍCIA

Inversão de calendário pode resultar em economia de 120 milhões ao ano

Data: Segunda-feira, 15/08/2016 00:00
Fonte: ASCOM FAMATO

 

 

A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) testemunhou na sexta-feira (12/08) a assinatura do protocolo de alteração do calendário de vacinação bovina e bubalina contra a febre a aftosa.  O documento foi assinado pelo Ministro da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi e pelo governador do estado, Pedro Taques. A vacinação nos municípios de Mato Grosso, com exceção da região do Pantanal, será invertida. A partir de 2017, na etapa de maio será realizada a vacinação de bovinos em todas as faixas etárias, de mamando a caducando e em novembro serão vacinados os rebanhos de 0 a 24 meses.

 

O diretor de Relações Institucionais da Famato, Rogério Romanini explicou que a vacinação na região do Pantanal permanecerá com o mesmo calendário, em novembro, em uma única etapa para todo o rebanho. E os produtores que desejarem fazer movimentação de rebanho, será necessária a segunda etapa, caso tiverem ultrapassado seis meses da última vacinação.

 

De acordo com Romanini a inversão do calendário é uma reivindicação antiga da Famato, em nome do setor produtivo de Mato Grosso. “Nós entendemos que a inversão de calendário não causa nenhum prejuízo à produção agropecuária mato-grossense. O mesmo já acontece em outros estados”, pontuou Romanini.

 

A Famato consultou as indústrias que fabricam a vacina de aftosa, que garantiram o abastecimento de vacina para o mês de maio de 2017, momento em que haverá a vacinação de todo o rebanho de Mato Grosso.

 

O ministro falou da importância da assinatura do protocolo de inversão. “O ato que assinamos hoje tem uma importância muito grande para a pecuária de Mato Grosso. Este é um pleito muito antigo, de muitos anos, e que nunca foi realizado. Não custa absolutamente nada para o estado e nem para governo federal atender. Os pecuaristas de Mato Grosso estimam uma economia de 120 milhões ao ano com a mudança”, disse o ministro.

 

Para Maggi a luta da Famato e de todo o setor produtivo pela inversão da vacinação, simbolizou um gesto para todo o Brasil que diz claramente porque Mato Grosso faz a diferença em relação ao restante do país. 

 

Maggi ainda destacou a necessidade que o Ministério da Agricultura tem de andar junto com as Federações da Agricultura e Pecuária do país, associações, órgãos públicos e privados do setor produtivo e dos produtores rurais. “Queremos ouvir as necessidades do setor”, afirmou.

 

A mudança das etapas será publicada em uma portaria conjunta da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea).

 

A Famato ainda participou da Audiência Pública realizada pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal, que discutiu a proposta de reformulação do seguro rural, que hoje tem cobertura de apenas 14% da área plantada no Brasil.