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Dunga reconhece ter usado duelo para testes: 'Único jogo para isso'

Data: Segunda-feira, 30/05/2016 00:00
Fonte: Gazeta Press
Dunga durante o jogo contra o Panamá
Dunga durante o jogo contra o Panamá
 

O técnico Dunga avisou antes do início da partida contra o Panamá que certamente utilizaria as seis substituições a que tinha direito no Dick's Sporting Goods Park, em Denver, nos Estados Unidos. Após o 2 a 0 e com alguns sistemas táticos testados, o treinador justificou as opções utilizadas na partida pelo fato de ser o último amistoso antes da disputa da Copa América Centenário, que começa no dia 3 de junho, sexta-feira.

 

"Queríamos sair com mais um homem de meio na frente, mas, como não tínhamos jogado com dois atacantes ainda, nós propusemos essa alternativa porque era o único jogo que dava para fazer isso", comentou o treinador ao justificar a entrada de Hulk no lugar de Luiz Gustavo, no intervalo, enquanto Lucas Lima foi utilizado nos treinos e disputava com o meio-campista a posição de titular.

 

"Nós começamos com uma forma de jogar, depois mudamos, colocamos dois atacantes, depois voltamos com um atacante só. Mudamos para um 4-4-2, retornamos ao 4-2-3-1, fomos buscando alternativas para ver qual nossa equipe se adapta melhor. Vamos experimentando", analisou o comandante.

 

As mudanças se deram todas do meio para frente. Primeiro, ele apostou na linha de armadores com Willian, Elias, Renato Augusto e Philippe Coutinho, com Jonas à frente e Luiz Gustavo atrás. Depois, saiu Luiz para a entrada de Hulk, com os campeões brasileiros de 2015 formando a dupla de volantes, os meias do futebol inglês na armação e o avante do Zenit se juntado a Jonas na frente.

 

Sem empolgar, a tática durou apenas 20 minutos, quando Dunga lançou a campo os santistas Lucas Lima e Gabriel nos lugares de Jonas e Willian. Teoricamente de volta aos sistema oficial, o 4-2-3-1, a diferença foi que Lucas manteve Renato na marcação, e o atacante Gabriel, diferentemente do meia Willian, teve mais possibilidade de entrar na área para finalizar, como no lance em que marcou o segundo gol.

 

"Todas as possibilidades testadas foram boas. Pela característica dos nossos jogadores, a equipe do Panamá estava muito atrás no primeiro tempo, então o homem do meio estava um pouco sem função. Aí colocamos dois atacante. Provamos, depois retornamos com um jogador de mais liberdade como o Lucas Lima, um cara que sabe quebrar as linhas do adversário com o toque e o drible. Depois fomos com o Gabriel, que se adapta fácil por jogar assim no Santos. Outro jogador que tem o drible. Fomos testando", explicou o comandante.

 

Para ele, no entanto, apesar dos diversos testes, o time chega bem definido para a disputa da competição continental.

 

"O leque abriu mais e as convicções se confirmaram. Se chamamos um jogador com uma expectativa e ele correspondeu, tudo se confirmou. Vimos que temos mais opções para utilizar dentro de campo. A equipe fica mais encorpada dentro dessa situação", prometeu.

 

O Brasil agora tem a estreia marcada na Copa América para o dia 4 de junho, sábado, na cidade de Pasadena. O duelo contra o Equador está marcado para as 23h (de Brasília) e abre a disputa no grupo B, que ainda conta com Peru e Haiti.