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NOTÍCIA

Ricardo Barros (PP), ministro da Saúde do governo Temer

Barros propôs corte de R$ 10 bilhões no Bolsa Família. Após denúncia de irregularidades, ele deixou cargo no governo do PR.

Data: Quinta-feira, 12/05/2016 00:00
Fonte: Do G1, em São Paulo
 
 
 
 
Ricardo Barros é irmão do prefeito de Maringá, Silvio Barros (Foto: Divulgação/ Jonas Oliveira/SECS)
Ricardo Barros já se elegeu deputado federal
cinco vezes (Foto: Jonas Oliveira/SECS)
 

Escolhido para ser o ministro da Saúde do governo de Michel Temer, Ricardo Barros já foi eleito deputado federal cinco vezes e foi secretário da Indústria e Comércio do Estado do Paraná, além de prefeito de Maringá (PR). Ele também foi o relator do Orçamento de 2016 na Câmara e chegou a propor um corte de R$ 10 bilhões no Bolsa Família – ponto que não foi aprovado.

 

Ricardo José Magalhães Barros nasceu em Maringá em 1959 e se formou em engenharia civil pela Universidade Estadual de Maringá. Filho de político – o ex-prefeito da cidade Silvio Magalhães Barros –, entrou na política cedo, tornando-se o mais jovem prefeito da sua cidade natal, aos 29 anos.

 

Foi eleito deputado federal pela primeira vez em 1994, voltando a se eleger em 1998, em 2002, em 2006 e em 2014. É filiado ao PP desde 2003, mas já foi do PPB e do PFL (atual Democratas).

 

Na votação do dia 17 de abril deste ano, em que o plenário da Câmara dos Deputados autorizou a continuidade do processo de impeachment de Dilma Roussef ao Senado, Barros votou a favor.

 

Irregularidades no governo do Paraná
Em 2011, Barros se licenciou do seu mandato de deputado federal para assumir o cargo de secretário da Indústria e Comércio do Paraná. Após denúncias de irregularidades na sua gestão, porém, pediu licença do governo do estado.

 

Na época, em 2012, gravações feitas pelo Ministério Público mostraram Barros sugerindo ao então secretário municipal de Saneamento de Maringá Leopoldo Fiewski que arranjasse um encontro para realização de acordo entre as duas empresas que participavam de um processo de licitação para publicidade da cidade. O contrato era de R$ 7,5 milhões.

 

Barros se defendeu dizendo que atuou como coordenador político e não como secretário de Estado. Ele argumentou também que não pediu para que houvesse favorecimento de uma empresa e que tinha a preocupação que a Promotoria derrubasse a licitação, ficando apenas um concorrente.

 

Quatro dias após a dvulgação das gravações, porém, ele anunciou que deixava seu cargo para trabalhar na campanha de Roberto Pupin, também do PP, à Prefeitura de Maringá.

 

Orçamento de 2016
De volta à Câmara dos Deputados, Barros foi o relator do Orçamento de 2016. Em meio à crise econômica, ele anunciou em dezembro de 2015 que ia propor um corte de R$ 10 bilhões no Bolsa Família como medida para cumprir a meta do governo de superávit de 0,7% do PIB de 2016.

 

O relatório final do orçamento, porém, foi aprovado sem esse corte, já que o governo foi contra. Em fevereiro deste ano, o governo federal autorizou um bloqueio de gastos de R$ 23,4 bilhões nas contas de 2016, sendo que os ministérios de Minas e Energia, Saúde e Educação foram os que tiveram os maiores bloqueios.