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NOTÍCIA

MPF denuncia marqueteiro do PT e sua mulher por corrupção e lavagem de dinheiro

Data: Segunda-feira, 28/03/2016 00:00
Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO

Acusação também atinge o lobista Zwi Skornicki, apontado como operador de propina da Odebrecht no exterior; todos foram alvo da Operação Acarajé, 23ª etapa da Lava Jato

 

Estadão Conteúdo

O marqueteiro João Santana, a mulher dele  e o operador de propinas estão presos em Curitiba

O marqueteiro João Santana, a mulher dele e o operador de propinas estão presos em Curitiba
GISELE PIMENTA/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO


A Procuradoria da República denunciou nesta segunda-feira (28) o publicitário João Santana, marqueteiro das campanhas da presidente Dilma Rousseff (2010 e 2014) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2006). Sua mulher e sócia Mônica Moura também foi denunciada pelos procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato. Além disso, a acusação atinge ainda o lobista Zwi Skornicki, apontado como operador de propina da Odebrecht no exterior.

 

Alvo da Operação Acarajé – 23ª etapa da Lava Jato –, os três são acusados por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.


Todos foram presos em fevereiro por ordem do juiz federal Sérgio Moro. O casal é acusado de receber US$ 7,5 milhões, entre 2012 e 2014, do esquema de corrupção descoberto pela Lava Jato na Petrobras. O dinheiro teria sido depositado em conta secreta que Santana e a mulher mantinham na Suíça, em nome da offshore Shellbill Finance. Os valores foram pagos pela empreiteira Odebrecht e pelo operador de propinas Zwi Skornicki.

 

Na última semana, a Polícia Federal indiciou criminalmente Santana, Mônica e Skornicki. A mulher do marqueteiro do PT decidiu fazer delação premiada. Os termos da colaboração estão sendo definidos entre os procuradores e a força-tarefa da Lava Jato.

 

Nesta segunda-feira (28), o juiz federal Sérgio Moro enviou os autos da Acarajé e também da Operação Xepa – 26ª etapa da Lava Jato – para o Supremo Tribunal Federal (STF), devido a apreensão da superplanilha da Odebrecht. No documento constam nomes de aproximadamente 300 políticos supostamente recebedores de valores da empreiteira.