O ministro do Petróleo do Irã recebeu nesta quarta-feira seus colegas de Iraque, Venezuela e Catar para discutir um futuro congelamento da produção, que já conta com o apoio da Arábia Saudita.

 

O Irã voltou ao mercado depois da recente suspensão das sanções internacionais impostas pelas grandes potências contra seu programa nuclear e já anunciou sua intenção de aumentar a extração de petróleo.

 

Na véspera, Arábia Saudita, Rússia, Venezuela e Catar decidiram em Doha congelar sua produção de petróleo para estabilizar os preços, mas o anúncio não teve um grande impacto nos mercados, que esperavam cortes.

 

A iniciativa, que prevê manter os níveis de produção nos níveis de janeiro, também está condicionada a que os outros grandes produtores se somem a ela.

 

Os países da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) e os que não são membros do cartel (como é o caso da Rússia) decidiram manter contatos intensivos para implementar o acordo, disse Saleh.

 

O ministro saudita, Ali al-Nuaimi, afirmou que o acordo constituía "o início de um processo que avaliaremos nos próximos meses, para decidir se são necessárias outras medidas para estabilizar o mercado".

 

O anúncio provocou um leve aumento nas cotações do petróleo, mas não afetou muito as bolsas, que há meses vivem abaladas por incertezas em parte relacionadas à queda do preço do petróleo.

 

A queda dos preços se deve em boa parte à estratégia da Opep e em particular da Arábia Saudita de inundar o mercado para nocautear os produtores de petróleo e gás de xisto nos Estados Unidos.

 

Também se explica pela desaceleração da China, que vinha desempenhando um papel de motor da economia mundial.

 

A pressão sobre os preços se acentuou com o retorno do Irã ao mercado, após o fim das sanções impostas pelos países ocidentais a Teerã por seu programa nuclear.