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NOTÍCIA

Cacique dos enawenê-nawê em Juína pode ser indiciado por receptação de picapes roubadas

A Polícia Civil investiga a conexção entre índios de Juína e ladrões de carros em Cuiabá

Data: Segunda-feira, 28/12/2015 00:00
Fonte: Adilson Rosa/ Midia News
Cacique dos enawenê-nawê em Juína pode ser indiciado por receptação de picapes roubadas
Foto: reprodução

 

O cacique de uma aldeia da etnia enawenê-nawê, na região de Juína (735 km a Noroeste de Cuiabá), e um filho poderão ser indiciados pelo crime de receptação de picapes Hilux, furtadas há cerca de cinco meses de uma concessionária na Capital.

 

As investigações, chefiadas pelo delegado Marcelo Torhacs, apontam que os indígenas são suspeitos de comprar as caminhonetes, mesmo sabendo de sua origem ilícita, e realizavam os pagamentos em dinheiro.

 

O delegado ainda não concluiu o inquérito, mas já ouviu os indígenas envolvidos na compra irregular.

 

Três das quatro Hilux apreendidas foram apreendidas e trazidas para Cuiabá. A última ainda não foi recuperada e a Polícia não descarta a hipótese de estar com os índios.

 

Há uma semana, cinco elementos acusados de participar do esquema foram presos por policiais da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos.

 

Duas picapes foram revendidas para os índios e outra em Várzea Grande.

 

Quatro homens foram presos em Cuiabá e um em Goiânia (GO), após terem a prisão temporária decretada pela Comarca da Capital. O sexto acusado ainda não foi localizado.

 

As investigações apontam que dois dos envolvidos são ex-funcionários na concessionária e teriam planejado o furto, que só foi descoberto dias depois – um deles se demitiu e foi morar em Goiânia, mas acabou preso.

 

Segundo a Polícia Civil, a ação criminosa ocorreu há cerca de cinco meses.

 

Pelo esquema, um deles separava as chaves das caminhonetes e as entregava para o terceiro envolvido, responsável pelo furto.

 

Com a chave dos veículos, ele se deslocava até a concessionária, se passando por cliente ou instalador de rastreador.

 

Em seguida, acessava o pátio interno, onde estava a caminhonete que seria furtada, já previamente indicada pelo funcionário.

 

Enquanto isso, o outro funcionário fazia a vigilância, sendo responsável por alertar os cúmplices, caso alguém se aproximasse.

 

Os bandidos conseguiram retirar quatro caminhonetes Toyota/Hillux cabine dupla do interior da concessionária, em quatro dias.

 

As picapes foram levadas até a região da Pedra, no bairro Dom Aquino, e entregues aos receptadores.

 

Dois irmãos foram presos pela receptação.

 

As picapes já tinham os compradores dos receptadores - os índios da tribo enawenê-nawê.