O Brasil tem circunstâncias favoráveis para enfrentar os argentinos nesta quinta-feira, 12, em Buenos Aires, às 21h do horário da Bahia, pela 3ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018.
A Argentina está bastante pressionada. Ainda não venceu no torneio. Nem sequer fez gol. Perdeu do Equador por 2 a 0 em casa e empatou sem gols no Paraguai. Para piorar, não terá o craque Messi.
Também se machucaram quatro titulares - o atacante Agüero, o meia Pastore, o zagueiro Garay e o lateral direito Zabaleta - e o astro Tevez. As baixas verde-amarelas são só o lateral esquerdo Marcelo e o zagueiro Marquinhos.
A grande novidade é a volta do astro Neymar, que cumpriu quatro jogos oficiais de suspensão por causa de indisciplina na Copa América. Sem ele nas Eliminatórias, o Brasil perdeu do Chile por 2 a 0, fora de casa, e ganhou da Venezuela por 3 a 1, em Fortaleza.
A fase do atacante é especial. Nos últimos oito duelos pelo Barcelona, marcou 10 vezes. É o artilheiro do Campeonato Espanhol com 11 gols em 11 rodadas. Ainda deu seis assistências neste início de temporada. O golaço de domingo passado empolgou Dunga. "Pensei: 'Por que não faz comigo? Tem que fazer na Seleção'", brincou o técnico.
"É ate difícil falar dele e do que vem fazendo. Temos de ajudá-lo a fazer o que faz lá", disse o volante Elias. Dunga o colocou a cima de Messi e Cristiano Ronaldo no momento: "Se fizermos um ranking por por estatística, o Neymar tem tido rendimento superior. O Messi se machucou, o Cristiano a gente tem a expectativa de que repita o desempenho do ano passado. O Neymar tem crescimento constante".
O treinador da Argentina, Gerardo Martino, o enalteceu: "Fui técnico de um bom Neymar no Barcelona, mas a confiança após ter ganhado importantes títulos o transformou num dos dois jogadores que consideramos superiores aos demais. Alcançou um momento de maturidade e está em um nível superlativo".
Domínio
Dos 100 clássicos, o Brasil venceu 40, perdeu 36 e empatou 24. Como técnico da Seleção principal, Dunga está invicto contra os argentinos, com quatro triunfos e um empate. No último, em outubro do ano passado, ganhou por 2 a 0, na China. Desta vez, ninguém aponta favoritismo.
"As condições estão equiparadas para ambas as equipes", avaliou Martino, que espera um adversário com preocupações mais defensivas e partindo em contragolpes. "Pode-se perder qualquer jogo, menos este", deu o tom o volante argentino Biglia.
Dunga faz mistério sobre escalação. A começar pelo goleiro. Terça-feira, sua equipe enfrentará o Peru na Fonte Nova. A Argentina terá outra pedreira consecutiva: a Colômbia, fora de casa.