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NOTÍCIA

Servidor da AL preso pelo Gaeco tenta HC

Data: Sexta-feira, 23/10/2015 00:00
Fonte: Welington Sabino, repórter do GD

 

A defesa do servidor da Assembleia Legislativa, Geraldo Lauro, 55, preso na Operação Célula Mãe, ingressou com habeas corpus no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). O objetivo do recurso, que também foi colocado sob segredo de justiça, é revogar a prisão preventiva decretada pela juíza Selma Rosane Santos Arruda, da 7ª Vara Crininal de Cuiabá) a pedido do Grupo de Atuação contra o Crime Organizado (Gaeco). Ele é servidor efetivo na Assembleia e está lotado no gabinete do deputado Gilmar Fabris (PSD).

 

Lauro está preso no Centro de Custódia de Cuiabá desde o dia 14 deste mês. O habeas corpus tramita na 3ª Câmara Criminal do TJ. O relator é o desembargador Gilberto Giraldelli, o mesmo magistrado responsável pelo habeas corpus do ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, preso na mesma operação. Giraldelli já negou o pedido de liminar ao ex-deputado José Riva e manteve a prisão preventiva.

 

O HC de Lauro foi impetrado pelo advogado Ardonil Manoel Gonzales Júnior no dia 16 e está concluso ao relator para receber uma decisão sobre o pedido de liminar. Em um despacho, o desembargador Gilberto Giraldelli alertou que o advogado juntou cópia incompleta do decreto de prisão preventiva, constando apenas as páginas de número ímpar.



Disse ainda que a decisão também não pode ser obtida em consulta ao sistema de acompanhamento processual eletrônico do Tribunal de Justiça, uma vez que a representação ministerial tramita sob segredo de justiça na origem.

 

Dessa forma, ele mandou intimar, via DJE (Diário da Justiça Eletrônico), a defesa a fim de que emendar a inicial no prazo de 48 sob pena de seu indeferimento. No recurso deverá constar, dentre outros documentos que entender necessários, cópia integral da decisão que determinou a constrição cautelar de Geraldo Lauro.

 

Geraldo Lauro era chefe de gabinete de José Riva e foi no gabinete dele que a Polícia Federal (PF) apreendeu em maio de 2014, durante a 5ª fase da Operação Ararath, uma farta documentação apontando que as despesas aparentemente realizadas com as verbas advindas dos ditos “suprimentos de fundos” continham irregularidades. Os documentos foram repassados ao Gaeco que começou a investigar o caso até deflagrar a Operação Metástase no dia 23 de setembro e depois a Operação Célula Mãe no dia 13 de outubro.

 

Lauro, juntamente com a ex-servidora Maria Helena Ribeiro Ayres Caramelo foram presos temporariamente na 1ª fase da operação. Agora, na 2ª fase tiveram as prisões temporárias decretada pela juíza Selma Rosane ao lado de José Riva. De acordo com o promotor Marco Aurélio Castro, coordenador do Gaeco, as prisões foram decretadas para garantia da ordem pública. Além disso, explica que nas oitivas da primeira fase da operação, os servidores envolvidos no esquema delataram como funcionavam os desvios, onde Riva, Caramelo e Geraldo eram líderes.

 

O Gazeta Digital não conseguiu confirmar se a defesa de Maria Caramelo já ingressou com pedido de habeas corpus.