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NOTÍCIA

Na ONU, Dilma diz que Brasil não tem 'problemas estruturais graves'

Para a presidente, esforço para conter a crise de 2008 chegou ao 'limite'. Ela foi a primeira chefe de Estado a discursar na Assembleia Geral da ONU.

Data: Segunda-feira, 28/09/2015 00:00
Fonte: G1

Em seu discurso na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a presidente Dilma Rousseff reconheceu aos líderes mundiais que o Brasil passa, atualmente, por um momento de dificuldades econômicas, com aumento da inflação, desvalorização cambial e recessão. Ela, no entanto, ressaltou que, apesar da crise, o país não vive "problemas estruturais graves", e sim dificuldades pontuais.

 

Após destacar que nos últimos seis anos o Brasil adotou medidas para reduzir os efeitos da crise econômica internacional e que essas ações chegaram “ao limite”, Dilma frisou que o objetivo do governo é gerar mais oportunidades de investimentos, ampliando a geração de empregos no país.

 

Ao longo de cerca de 20 minutos de discurso, a presidente também declarou que a economia do país é “mais forte e sólida” do que em anos anteriores. Na avaliação de Dilma, o Brasil tem condições de superar as dificuldades e “avançar na trilha do crescimento”. Como em outros discursos, a petista voltou a afirmar que o momento é de transição para o “novo ciclo de desenvolvimento econômico”.

 

“Esperamos que o controle da inflação e a retomada do crescimento e do crédito contribuirão para a recuperação do nosso país. Essas são as bases para o novo ciclo de crescimento e desenvolvimento baseado no aumento da produtividade e na geração de mais oportunidades de investimentos para manter e ampliar o emprego para os cidadãos”, disse.

 

Em meio ao discurso, a chefe do Executivo também destacou as políticas sociais e de transferência de renda adotadas nos últimos anos pelo governo brasileiro. Segundo ela, a “eficácia” do programa Fome Zero pode ser vista na retirada do Brasil do chamado mapa da fome, um dos itens dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

 

Democracia

 


Dilma também dedicou parte do discurso à defesa da democracia no Brasil. Em um dos trechos, ela citou frase do ex-presidente do Uruguai José Mujica na qual ele disse que que a democracia não é perfeita, mas é preciso defendê-la para melhorá-la.

 

Aos líderes mundiais, a presidente foi enfática ao dizer que o Brasil “continuará trabalhando” pelo caminho democrático e não “abrirá mão” das conquistas pelas quais “tanto lutamos”.

 

“Queremos um país em que o confronto de ideias se ambiente de civilidade e respeito. Queremos um país em que a liberdade de imprensa seja fundamento dos direitos de opinião e manifestação”, declarou.