Já o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, e mais 13 investigados na Operação Lava Jato foram indiciados nesta terça-feira (1º) pela Polícia Federal.
José Dirceu foi indiciado por formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, que já é réu na Lava Jato, foi indiciado pelos mesmos crimes, além de organização criminosa.
De acordo com a polícia, a propina era paga através de contratos de consultoria com a JD, empresa do ex-ministro, por serviços que não teriam sido prestados. José Dirceu tem afirmado que os serviços foram prestados.
Ainda segundo as investigações, a propina também passava por duas empresas fornecedoras de mão de obra para a Petrobras. Elas seriam apadrinhadas pelo grupo do ex-ministro, que ficava com uma parcela do faturamento, em troca dos contratos com a estatal.
A polícia analisou a perícia feita nas contas bancárias e na declaração de imposto de renda do ex-ministro. E concluiu que José Dirceu teve um aumento de patrimônio superior à renda que recebeu, e que boa parte dos recursos não passou pelas contas bancárias dele.
O indiciamento significa que a Polícia Federal encontrou indícios, ou sinais, de que o ex-ministro José Dirceu, e mais 13 pessoas, incluindo o irmão dele, Luiz Eduardo, se beneficiaram diretamente do dinheiro desviado da Petrobras.
Agora cabe ao Ministério Público decidir se apresenta uma denúncia à Justiça contra os indiciados pela Polícia Federal.
A defesa de José Dirceu afirmou que está analisando a denúncia da Polícia Federal e que vai se manifestar oportunamente. O Bom Dia Brasil não conseguiu entrar em contato com a defesa de João Vaccari Neto.