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NOTÍCIA

Governo federal autoriza três novos cursos de medicina no RS

Cidades contempladas no estado são Erechim, Ijuí e Novo Hamburgo. Proposta do município de São Leopoldo não atendeu aos critérios.

Data: Sexta-feira, 10/07/2015 00:00
Fonte: Do G1 RS
 
 
 
 

Os ministérios da Educação e da Saúde anunciaram nesta sexta-feira (10) que autorização de abertura de 165 vagas para alunos de medicina em três universidades particulares do Rio Grande do Sul. A Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai das Missões, em Erechim, Faculdade Estácio de Ijuí, em Ijuí, e Universidade Feevale, em Novo Hamburgo, foram as instituições contempladas.

 

O município de São Leopoldo também havia sido selecionado para ofertar curso, mas a proposta não atendeu aos critérios estabelecidos. A cidade deverá concorrer novamente no segundo edital de seleção das instituições.

 

As cidades foram selecionadas em setembro do ano passado. Todas elas têm pelo menos 70 mil habitantes e não ofereciam a formação médica, segundo o governo.

 

A abertura dos cursos entra na meta do governo federal de criar 11,5 mil novas vagas em cursos de medicina em todo o Brasil, incluindo instituições de ensino superior públicas e privadas.

 

Dez por cento das vagas devem ser concedidas com bolsas voltadas para estudantes de baixa renda. A medida faz parte do programa Mais Médicos e tem o objetivo de garantir atendimento a 36 municípios considerados prioritários pelo governo.



Previsão
Em todo o Brasil, a previsão é que as 2.290 vagas sejam abertas pelas instituições de ensino em um período de entre três e 18 meses, segundo o MEC.

 

Novas vagas em medicina
Veja onde foram criadas novas vagas em curso de graduação em medicina após a lei do Mais Médicos
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Fonte: MEC
 

"É uma nova maneira de desenvolver o processo de regulação de ensino superior", afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.



"O Mais Médicos se consolida não apenas como um projeto emergencial para atender o setor da saúde. É uma política estruturante da formação médica no Brasil."

 

O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmou que, com as 2.290 vagas anunciadas nesta sexta-feira, o governo totaliza cerca de 7.600 novas vagas de graduação em medicina no Brasil até 2016.



Nesta conta estão outras 5.306 que já foram autorizadas pelo MEC, sendo 1.690 em 23 cursos da rede pública e 3.616 na rede privada. A meta do governo também inclui a criação de 12.372 vagas em residência médica até 2018.

 

Segundo Ribeiro, a medida deve levar atendimento médico para o interior do país. "As capitais sempre tiveram mais vagas que o interior", afirmou. A meta é criar 16 mil vagas no interior do país. Nas capitais, são 10,6 mil vagas. "Começa a abrir uma vantagem no interior. Temos aí um avanço", disse.

 

Dos 39 municípios brasileiros selecionados no primeiro edital, 14 estão em São Paulo e seis na Bahia. Em Minas Gerais, no Paraná e no Rio Grande do Sul serão quatro cidades em cada um deles.

 

O número de autorizações poderia ser maior, mas a proposta em três cidades foi vetada. "Em algum momento as propostas deles foram excluídas", afirmou Janine sobre os projetos de São Leopoldo, Limeira e Tucuruí.

 

Coletiva de imprensa com os ministros da Educação e da Saúde (Foto: Gabriel Luiz/G1)
Coletiva de imprensa com os ministros da Educação e da Saúde (Foto: Gabriel Luiz/G1)
 

"Seja por sustentabilidade financeira, capacidade da mantenedora, ou por mérito da proposta. Eles participarão de uma nova seleção de propostas, não dependem de novo edital, não terão que esperar anos, poderão apresentar novas propostas", explicou o ministro da Educação.

 

Requisitos para municípios
Os municípios beneficiados pelo projeto tiveram que atender a uma série de caracaterísticas, como a existência de pelo menos cinco leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) por aluno, de equipes de atenção básica que comportem três alunos, a presença de leitos de emergência ou pronto-socorro e hospitais de ensino com mais de 100 leitos.

 

"Todos os cursos que vão ser lançados hoje são em municípios que comprovaram essas condições", disse a secretária Marta Wendel Abramo, da Diretoria de Supervisão da Educação Superior do MEC.

 

Segundo o professor Henry Campos, da Universidade Federal do Ceará (UFC) e coordenador da comissão que selecionou os municípios, foram seguidos "critérios técnicos que orientam a abertura de cursos na rede privada. Há uma unificação do processo de expansão tanto na rede pública quanto na rede privada".

 

No prazo de entre três e 18 meses, o governo vai monitorar a avaliação dos novos cursos.

 

Novo edital
Em abril deste ano, outros 22 municípios foram pré-selecionados em um segundo edital para receberem cursos de medicina. Segundo o Ministério da Educação, porém, ainda não há definição sobre número de vagas ou início das aulas.