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NOTÍCIA

PT cobra Cardozo por atuação da PF na Lava Jato e na Acrônimo

Data: Domingo, 28/06/2015 00:00
Fonte: Regiao Noroeste
 
 
 
 
BRASIL - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), será chamado pela executiva nacional do PT a dar explicações sobre a atuação da Polícia Federal, subordinada a ele, em duas operações policiais em andamento que atingem diretamente o partido. No caso, a Lava Jato, que apura esquema bilionário de corrupção na Petrobras, e a Acrônimo, que investiga contratos do BNDES e o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT).
 
 

Segundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, setores do PT responsabilizam Cardozo pela manutenção da prisão do ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto e pelas buscas no escritório de campanha de Pimentel e na empresa de sua mulher, Carolina Oliveira, na semana passada.


O ministro já criticou abusos na Acrônimo e “vazamentos seletivos” das delações da Lava Jato. Mesmo assim, tem sido chamado de “inoperante”, “egoísta”, “sem liderança” e “sem pulso” por companheiros de partido que cobram dele um freio às ações da Polícia Federal. As críticas internas à atuação dele aumentaram nos últimos dois dias após ser divulgada a delação do empresário Ricardo Pessoa, UTC.


De acordo com o Estadão, o convite para Cardozo – até agora mantido sob sigilo – foi aprovado na última quinta-feira, quando a executiva também resolveu elaborar uma nota de apoio às empreiteiras suspeitas de desviar recursos da Petrobras. O ministro Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência) também será convidado para falar sobre as relações do governo com os movimentos sociais.


O presidente do PT, Rui Falcão, afirma que o objetivo do convite é simplesmente ouvir o ministro. Mas, segundo a reportagem, integrantes da cúpula petista querem enquadrar Cardozo, homem de confiança da presidente Dilma e filiado ao partido há mais de 30 anos. A reportagem ressalta que o ministro não tem simpatia do ex-presidente Lula.


Além da prisão de Vaccari, parte do partido critica o fato de a PF ter aberto investigação que atinge Fernando Pimentel a partir da prisão de um empresário ligado a ele com dinheiro em um avião. Mas não ter adotado o mesmo procedimento em casos semelhantes envolvendo tucanos.