A Justiça de Mato Grosso aceitou a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) contra José Silvan de Melo, de 41 anos, preso há mais de um mês depois de ser flagrado com R$ 3,2 milhões. Silvan foi preso no dia 5 de abril ao tentar esconder o dinheiro na carroceria de uma caminhonete, em Canarana, a 823 km de Cuiabá. Ele era investigado pela Polícia Civil por tráfico internacional de drogas. Ao ser detido José teria oferecido R$ 500 mil aos investigadores e ao delegado da cidade para poder ser liberado.
A decisão, publicada nesta sexta-feira (8) é do juiz Anderson Gomes Junqueira, da Segunda Vara Criminal de Canarana. A Polícia Civil indiciou Silvan por corrupção ativa. Ele continua preso no Raio 5 da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.
Em abril a Justiça determinou o sequestro de bens do investigado. Segundo o TJMT, os bens são glebas de terra e veículos, possivelmente provenientes do crime organizado. Foram penhoradas 24 glebas de terra, avaliadas em R$ 37.118.377,00, cuja aquisição teria sido feita por José Silvan com a tentativa de lavar dinheiro.
Segundo um dos advogados do suspeito, Marco Antônio Dias Filho, José disse que o dinheiro é proveniente da venda de gados, já que trabalha como fazendeiro na região. A Polícia Civil instaurou um novo inquérito para apurar os crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e valores, tráfico de drogas e associação para o tráfico.