Em Brasília, à margem da cerimónia de sanção do novo Código de Processo Civil, a Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, expressou a sua confiança sobre a necessidade de implementar uma expressiva reforma política. Além disso, a Presidente garantiu ainda ter tomado medidas de combate à corrupção, sendo que irá anunciá-las no decorrer dos próximos dias. O objectivo é não deixar ficar impunes aqueles que cometem ilegalidades e crimes. Dilma Rousseff apelou ainda ao projecto de ajuste fiscal, parte integrante das correcções que o Governo Brasileiro faz nas suas políticas. Aos que criticam e aos que apoiam, Dilma convidou-os a entrar nesta discussão sobre a reforma política que considera que deve ser mais "alargada".
A propósito da manifestação que levou às ruas do Brasil cerca de dois milhões de pessoas, a Presidente lembrou que valeu a pena a luta pela liberdade e pela democracia, assegurando que o Brasil está, hoje, com mais força do que nunca. Para todos aqueles que perderam a vida em prol desta luta pela redemocratização do Brasil, com especial destaque para artistas, Ordem dos Advogados, movimentos sociais, religiosos e militantes, Rousseff deixou ainda uma mensagem de apreço. Valeu a pena lutar pela democracia, reforçou Dilma Rousseff, referindo-se de um modo muito particular ao período de 1964 a 1985, durante o qual foi militante política contra a ditadura militar.
Ainda a propósito da manifestação do povo brasileiro, a Presidente garantiu que o Governo terá uma postura humilde e firme, dialogando, ouvindo e sabendo do que tratam os protestos. Respondendo a algumas questões feitas por jornalistas no Palácio do Planalto, Dilma Rousseff considerou as manifestações pacíficas e sem qualquer tipo de violência, assegurando que o Governo Brasileiro tem dado respostas coerentes aos pedidos que surgem das ruas, nomeadamente na área económica, enumerando algumas medidas que executou durante o seu primeiro mandato para suavizar as consequências da crise mundial.
A Presidente Brasileira, apesar de ter assumido que algumas medidas possam ter falhado, garantiu que a situação do país não piorou e que o Governo fez tudo o que estava ao seu alcance para a economia reagir. Como qualquer Ser Humano, também Dilma Rousseff assumiu os seus erros mas deixou a garantia: "não posso ser responsabilizada por algo que seria pior se não tivéssemos feito".