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NOTÍCIA

Juiz nega absolvição de Eder e irmãos advogados; audiência é marcada

Data: Sábado, 31/01/2015 00:00
Fonte: Welington Sabino, repórter do GD

 

O pedido de absolvição sumária feito pelo ex-secretário de Fazenda Eder Moras (PMDB) e pelos advogados e irmãos, Kleber Tocantins Matos e Alex Tocantins Matos, foi negado pelo juiz Jeferson Schneider, titular da 5ª Vara da Justiça Federal em Cuiabá. Eles são réus num processo originado da Operação Ararath, cuja denúncia foi recebida em 22 de outubro de 2014.


Ao deixar de absolver o trio sumariamente, o magistrado também já agendou para o dia 12 de março deste ano a 1ª audiência de instrução na ação penal que é resultado do inquérito número 0379/2014. O interrogatório começará às 13h30. A decisão foi prolatada nesta quinta-feira (29). Assim, Eder Moraes será interrogado nos dias 6 e 12 de março, uma vez já está marcada uma audiência em outro processo também da Aratah no qual ele é réu.


Até o momento, existem 5 processos e um inquérito policial sigiloso tramitando na Justiça Federal de Mato Grosso sendo que o ex-secretário é réu em todos eles por crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, corrupção e outros. O peemedebista é apontado como principal operador político do esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro que pode ter movimentado pelo menos R$ 500 milhões. Por sua vez, ele nega todas as acusações e afirma ser inocente.


No total, a Operação Ararath gerou 14 inquéritos policiais dos quais apenas 4 foram finalizados e oferecidas denúncias contra 8 pessoas sendo que uma delas, no caso o empresário José Geraldo de Sabóia Campos, 78, teve o processo arquivado por ter colaborado com as investigações e ter feito um acordo de delação premiada. Outras 10 investigações continuam em andamento.


Os irmãos Tocantins foram denunciados na 4ª denúncia oferecida no ano passado. Eles respondem pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção ativa enquanto Eder foi denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. De acordo com o Ministério Público Federal, os 3 foram denunciados por esquema para furar a fila do pagamento de precatórios, que são requisições de pagamento pelo governo a beneficiários como servidores ou mesmo empresas prestadoras de serviços.


Segundo o MPF, Eder e os advogados Kleber e Alex combinaram e executaram um esquema que envolveu o pagamento do precatório de R$ 19 milhões em benefício da empresa Hidrapar Engenharia Civil Ltda violando a ordem cronológica de pagamento dos precatórios por parte do governo do Estado em troca de mais de R$ 5 milhões em propina para o pagamento de dívidas de campanha eleitoral e para abastecer o “caixa-dois” do grupo político do qual Éder fazia parte. Leia mais aqui.