ARIPUANÃ, Quinta-feira, 28/03/2024 -

NOTÍCIA

Mudanças fiscais de Obama sofrem críticas de republicanos

Leis tributárias não passam por grandes mudanças no país há 28 anos. Novo mandato no Congresso representará forte oposição ao presidente.

Data: Segunda-feira, 19/01/2015 00:00
Fonte: Reuters

 

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, falou sobre o atentado em Paris (Foto: Pablo Martinez Monsivais/AP)
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, falou sobre o atentado em Paris (Foto: Pablo Martinez Monsivais/AP)

O novo plano de tributação apresentado pelo presidente Barack Obama foi rapidamente contestado pelos republicanos neste domingo (18), que reforçaram os desafios que representam qualquer tentativa de mexer no sistema tributário norte-americano. 


Com o começo de um novo mandato no Congresso neste mês, sob comando majoritariamente republicano, os parlamentares vêm discutindo cada vez mais a reforma tributária. No entanto, com o Congresso profundamente dividido na questão da política fiscal, o mais recente plano de mudança nos impostos apresentado por Obama terá, provavelmente, de lidar com forte oposição. 


Incapaz de se comprometer com mudanças nos impostos e nos gastos públicos, Washington não tem feito nenhuma mudança significativa nas leis relativas a tributos em 28 anos, embora seja de conhecimento público que o sistema tributário é cheio de brechas e não arrecada receita o suficiente para pagar as contas do país.


Réplica do Capitólio (sede do Congresso americano) é uma das atrações do parque (Foto: Jens Meyer/AP)
Congresso americano (Foto: Jens Meyer/AP)

A economia dos Estados Unidos está crescendo novamente e no último ano gerou empregos em ritmo recorde, como não se via desde 1999. Embora o governo ainda pegue dinheiro emprestado para atender ao orçamento, o déficit têm diminuído de forma significativa. 


Sobre o próximo discurso de Obama na terça-feira, funcionários da administração federal disseram no sábado que o presidente democrata vai anunciar novos impostos para os ricos e para os bancos de Wall Street, dois redutos eleitorais dos republicanos. 


Obama propõe aumentar de 23,8 por cento para 28 por cento o imposto sobre ganhos de capital, além de também fechar uma brecha fiscal que permite que os herdeiros de grandes propriedades evitem o pagamento de impostos sobre os ativos que eles herdam.


Ele também propõe a criação de uma taxação sobre os passivos das 100 maiores instituições financeiras do país. 


"O presidente precisa parar de escutar seus aliados liberais que querem aumentar impostos a todo custo e começar a trabalhar ao lado do Congresso para consertar nosso quebrado sistema tributário", disse o senador republicano Orrin Hatch, o mais importante autor de projetos sobre tributação no Senado. 


As propostas de Obama significariam mais impostos para "pequenos negócios, poupadores e investidores", disse Hatch em comunicado. 


Os republicanos do Congresso querem votar projetos que garantam a exoneração de impostos por empresários, à exemplo de uma lei criada por Obama que garantia exoneração fiscal a fabricantes de dispositivos médicos. Outro plano republicano pede o corte de todos os impostos sobre as empresas.