Posto da PM em Itanhangá (MT) foi depredado no
dia 20 de dezembro. (Foto: Cleomar Campos)
O presidente da Câmara de Vereadores deItanhangá, a 447 km de Cuiabá, Marcel Menezes Meurer, foi indiciado pela Polícia Civil pelos crimes de embriaguez ao volante, incitação à violência, dano ao patrimônio público, tentativa de lesão corporal, desacato à autoridade e resistência à prisão. O parlamentar está preso desde o dia 20 de dezembro em uma cela na delegacia da cidade de Tapurah, que fica a 60 km de Itanhangá, e teve a prisão temporária convertida em preventiva pela Justiça.
O G1 tentou falar com a defesa do vereador, mas ninguém atendeu as ligações.
O inquérito sobre o caso, cujo responsável é o delegado André Luis Barbosa, de Tapurah, foi entregue ao Fórum da comarca da região na última semana. Meurer, que é dentista, está preso nas dependências da delegacia por falta de estrutura e de vaga no sistema prisional, explicou Barbosa. O vereador divide cela com mais um suspeito de envolvimento nos crimes. Outros dois menores de idade, que também haviam sido apreendidos, já foram liberados.
Meurer é suspeito de ter depredado, junto com outras 30 pessoas, uma unidade da Polícia Militar e um posto de saúde de Itanhangá na noite do dia 20 de dezembro. De acordo com as polícias Civil e Militar, a confusão começou quando o vereador estava com um grupo bebendo e ouvindo música alta pelo som do carro em uma praça no centro da cidade. A PM foi até o local e disse para abaixarem o volume, pois estavam perturbando os outros moradores.
Então, o grupo foi para a MT-338, local em que, momentos depois, um adolescente teria atropelado com uma moto três pessoas que estavam com eles. Uma mulher de 28 anos morreu e as outas duas pessoas foram feridas. As vítimas chegaram a ser levadas até uma unidade de saúde, mas o médico não pode atendê-las imediatamente porque estava com outro paciente. Revoltado, o bando invadiu e depredou o local.
Depois, o grupo foi até o prédio da PM no município, agrediu os dois policiais que estavam de plantão, e quebraram a porta de vidro e um monitor do local, usando pedaços de madeira, barras de ferro e pedras.
Meurer já havia sido preso em junho de 2014, em Cuiabá, durante o período da Copa do Mundo, suspeito de ter agredido a própria irmã e uma sargento da Polícia Militar.