O primeiro-ministro da Grécia convocou eleições para o dia 25 de janeiro. A decisão foi anunciada depois que o parlamento rejeitou o nome que ele tinha indicado para ocupar o cargo de presidente.
Na Grécia, quem governa é o primeiro-ministro. Ele pode indicar um candidato à presidência, mas o nome para o cargo cerimonial precisa ser aprovado pelo parlamento.
Na segunda-feira (29), em um sinal de rejeição ao governo, os deputados gregos voltaram a recusar o candidato único.
Stavros Dimas, o indicado do primeiro-ministro, Antonis Samaras, já havia perdido duas votações em dezembro.
Agora, como obriga a lei grega, Samaras terá que pedir a dissolução do parlamento e convocar eleições antecipadas.
"Todos os que votaram contra são responsáveis por algo que o povo grego não queria", desabafou o primeiro-ministro, ao pedir o apoio dos eleitores.
Desde 2010, a Grécia recebeu 240 bilhões de euros da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional.
Em troca, precisou apertar o cinto e cortar gastos públicos. Uma medida impopular entre os gregos, mas que vinha funcionando para a economia do país.
A perspectiva de um novo governo contrário ao acordo internacional causou receio entre os credores da Grécia e instabilidade no mercado. A bolsa de valores de Atenas despencou. E puxou para baixo as bolsas de Itália e Espanha, países que também foram duramente atingidos pela crise financeira dos últimos anos na zona do euro.