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NOTÍCIA

Suspeito de estuprar 68 adolescentes em rituais satânicos é preso no Amazonas

A polícia começou a apurar o caso depois que a diretora de uma escola municipal de Iranduba foi à delegacia para dizer que um homem estava seduzindo alunas

Data: Sexta-feira, 12/12/2014 00:00
Fonte: Correio 24 Horas

 

Um homem de 30 anos foi preso em Paritins, a 369 km de Manaus, suspeito de estuprar 68 meninas de 13 a 17 anos. Segundo a Polícia Civil, Renato Fragata, 30 anos, atraia as mulheres para rituais de magia negra que incluíam bebidas com sangue de animais. Ele também prometia presentes caros para as que aceitassem ir para cama com ele.


A polícia começou a apurar o caso depois que a diretora de uma escola municipal de Iranduba foi à delegacia para dizer que um homem estava seduzindo alunas. As garotas começavam a se vestir no estilo gótico e a se comportar de maneira diferente depois de conhecer o suspeito.


O homem dizia fazer parte de uma banda de rock para atrair as garotas. Depois, levava as menores para casa e revelava também ser líder de uma seita de bruxaria. "Ele confessa tudo. Diz que fazia parte de uma igreja cristã e que tinha uma vida tranquila, só que não conseguia formar uma família ao lado de uma mulher e por isso, disse que resolveu se especializar em magia negra", contou ao G1 o delegado Paulo Mavinier.


Renato disse que sexo era consensual 
(Foto: Polícia Civil/Amazonas)

A partir daí, Fragata dizia que as vítimas precisavam seguir um ritual para fazer parte da seita. O ritual tinha quatro etapas - um duelo de orações, ingerir sangue de animal, o homicídio de um inimigo e sexo com o suspeito. Quem se recusava a seguir algum dos três primeiros passos mesmo assim era convencido a fazer sexo com Fragata. "O suspeito dizia a elas que poderiam evitar os três primeiros estágios se quisessem, mas que para isso precisariam dormir com ele. Desta forma, ele estaria passando poderes sobrenaturais a elas", detalha o delegado.


Em Iranduba, em apenas três meses, o suspeito teve relações com 18 menores. Em Paritins, onde viveu 1 ano, foram 50 menores de idade.


À imprensa, o suspeito disse que as menores eram suas namoradas e todas tiveram relações consensuais com ele. Renato não quis falar sobre os rituais. Ele vai responder por estupro de vulnerável, corrupção de menores e disseminação de pornografia infantil, porque teria postado imagens íntimas das menores em redes sociais.