Manifestações em várias cidades da Itália e interrupções nos meios de transporte caracterizaram na manhã desta sexta-feira a greve convocada pelos dois principais sindicatos do país.
As três linhas do metrô de Roma permanecem fechadas, e o transporte público funciona irregularmente na capital e em outras grandes cidades, onde os meios de transporte ou não operam ou funcionam de maneira restrita.
Em Turim, foi realizada uma manifestação que contou com a participação da líder do sindicato CGIL, o maior do país, Susanna Camusso, que pediu ao governo medidas para estimular o emprego diante de uma situação de "emergência".
"A emergência deste país se chama trabalho. É preciso fazer políticas para que exista trabalho, mas não pode ser um trabalho qualquer, sem direitos nem profissionalismo", disse Camusso.
Em Roma, a manifestação sindical partiu da praça do Esquilino até o centro da capital, na praça Santi Apostoli.
O presidente da República, Giorgio Napolitano, declarou em Turim que a greve geral de hoje "é um sinal de uma grande tensão entre os sindicatos e o governo".
Esta é a primeira greve geral convocada contra o governo do primeiro-ministro italiano, Mateo Renzi, pelos principais sindicatos do país e com mobilizações na maioria de cidades italianas em protesto contra as políticas de seu Executivo.
Todos os trabalhadores do setor público e privado foram convocados para a greve, que protesta contra as medidas defendidas pelo Partido Democrático (PD), principalmente no setor econômico.
O ponto central das reivindicações é a reforma trabalhista, que segundo Renzi estimulará a contratação, mas que gerou críticas entre os trabalhadores e em seu próprio partido.