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NOTÍCIA

Procurador-geral da República: todo poder à Lava-Jato

Em nota, Rodrigo Janot afirma que "não permitirá que prosperem tentativas de desacreditar as investigações" sobre o "grande esquema criminoso"

Data: Sábado, 06/12/2014 00:00
Fonte: Veja.Abril

 

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, durante sessão no plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) para julgar os recursos dos 13 réus que não tem direito aos embargos infringentes no processo do mensalão


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, durante sessão no plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) para julgar os recursos dos 13 réus que não tem direito aos embargos infringentes no processo do mensalão (Marcello Casal Jr./Agência Brasil/VEJA)


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, divulgou neste sábado uma nota sobre a operação Lava-Jato, que investiga irregularidades na Petrobras, afirmando que “não permitirá que prosperem tentativas de desacreditar as investigações e os membros desta instituição (o Ministério Público Federal)”.


Ele afirma também que a investigação, até o momento, revelou a "ocorrência de graves ilícitos envolvendo a Petrobrás (sic), empreiteiras e outros agentes que concorreram para os delitos", e que o Ministério já adotou as primeiras medidas judiciais.

 

Confira a seguir a íntegra da nota:

"Em função das recentes notícias veiculadas na imprensa, o procurador-geral da República esclarece:


1. No caso conhecido como Lava-Jato, o Ministério Público Federal apura a existência de um grande esquema criminoso instalado no País, envolvendo crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, fraude à licitação, formação de cartel, associação criminosa, além de atos de improbidade administrativa.


2. Ante a dimensão da rede criminosa investigada, o montante dos valores envolvidos e considerando a prioridade dada pelo Ministério Público Federal ao combate à corrupção, em abril de 2014, o procurador-geral da República constituiu uma Força-Tarefa composta por procuradores da República qualificados e experientes em investigações de alta complexidade, garantindo-lhe todas as condições necessárias para o seu funcionamento. A investigação vem sendo realizada em conjunto com o gabinete do procurador-geral da República, que tem a atribuição de processar as autoridades com foro no Supremo Tribunal Federal.


3. Em respeito à função institucional de defender a sociedade e combater o crime e a corrupção, o Ministério Público Federal cumprirá seu dever constitucional e conduzirá a apuração nos termos da lei, com o rigor necessário. O procurador-geral da República não permitirá que prosperem tentativas de desacreditar as investigações e os membros desta instituição.


4. Até o momento, a investigação revelou a ocorrência de graves ilícitos envolvendo a Petrobrás, empreiteiras e outros agentes que concorreram para os delitos, o que já possibilitou ao Ministério Público Federal adotar as primeiras medidas judiciais. A utilização do instrumento da colaboração premiada tem permitido conferir agilidade e eficiência à coleta de provas, de modo a elucidar todo o esquema criminoso.


5. Medidas judiciais continuarão a ser tomadas como consequência dessa investigação técnica, independente e minuciosa. O Ministério Público Federal reafirma seu dever de garantir o cumprimento da lei".