A eleição 2014 chegou ao fim com a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, mas um tema muito abordado nas campanhas ainda está gerando debate: a reforma política, principalmente, a questão do financiamento das campanhas eleitorais. "Eu penso que deveríamos estabelecer, em primeiro lugar, o fim das doações por empresas e corporações", declara José Antônio Dias Toffoli.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) defende o fim das doações empresariais e levanta um questionamento: "Qual é o interesse dessas empresas? Por que ao invés de distribuírem o lucro para os acionistas, elas vão doar para um partido? É estranho".
Segundo o ministro, atualmente, não existe uma legislação que imponha um limite aos valores doados. "A empresa pode doar até 2% de seu faturamento do ano anterior. Não existe um teto, então a cada eleição vem dobrando o custo das campanhas", conta no Programa do Jô.
Durante a entrevista, Dias Toffoli também comenta as denúncias de corrupção na Petrobras. "Óbvio que isso está sendo apurado e está em fase de investigação, mas tudo levar a crer que esse caso tem a ver com um sistema de financiamento de campanhas, partidos e políticos".