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NOTÍCIA

Projeto Pacto das Águas estimula conservação da floresta a partir da geração de renda

Data: Terça-feira, 14/10/2014 00:00
Fonte: Da Assessoria

Estimular e consolidar estratégias de desenvolvimento econômico pautadas na manutenção da floresta e respeito a cultura das populações. Este é o principal objetivo do projeto Pacto das Águas, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, que há oito anos atua na região Noroeste de Mato Grosso e Sudeste de Rondônia.

 
O carro-chefe do projeto é o manejo da castanha-do-Brasil, mais conhecida como castanha-do-Pará, e do látex. Nessas duas frentes, o projeto já envolveu mais de 3 mil pessoas em atividades de manejo florestal comunitário que produziram quase duas mil toneladas de castanha com casca entre, 2006 e 2014, além de 90 toneladas de látex de seringueiras nativas. Esses números representam a geração de mais de R$ 5 milhões em renda para as comunidades em atividades sustentáveis na Amazônia.
 
 
Atualmente, vários povos indígenas integram essa iniciativa entre eles os Cinta Larga das Terras Indígenas Serra Morena e Parque Indígena Aripuanã, os Rikbaktsa da Terra Indígena Japuíra, os Gavião e os Arara da Terra Indígena Igarapé Lourdes. Além destes povos, os seringueiros da Reserva Extrativista Guariba-Roosevelt, a única nesta categoria em Mato Grosso, também estão nessa rede.
 
 
De acordo com Plácido Costa, coordenador do projeto Pacto das Águas, mais do que a renda gerada, essas iniciativas oportunizam alternativas ao desmatamento e outras atividades insustentáveis na Amazônia. "Esse projeto nasceu do desejo de seringueiros, povos indígenas e agricultores familiares do noroeste da Amazônia mato-grossense e do sudeste de Rondônia em construir alternativas ao modelo de ocupação predominante nessa região, pressionada pelo avanço das frentes de desmatamento", explica.
 
 
Além de ser considerada como uma das mais bem sucedidas experiências em alternativas de geração de renda pautadas na conservação das florestas na Amazônia, o Pacto das Águas ajuda a garantir a produção de 2 mil hectares de floresta amazônica, considerando a área ocupada pelos povos participantes do projeto.
 
 
Para viabilizar o extrativismo da castanha-do-Brasil e do látex, o projeto prepara a formação de agentes ambientais indígenas, gestores de mercados das associações e grupos de lideranças. Além disso, são oferecidas capacitações para jovens e mulheres nas áreas de manejo, gestão de negócios e em outras áreas como o associativismo e cooperativismo, envolvendo em média 300 pessoas.
 
 
O Pacto das Águas também apoia a captação e gestão de recursos do Programa de Aquisição de Alimentos da Companhia Nacional de Abastecimentos (Conab) tanto para a gestão dos negócios da castanha quanto para valorização do trabalho das mulheres, a agrobiodiversidade nas roças e a segurança alimentar nas escolas indígenas, com o fornecimento da merenda com cardápio tradicional através de grupos de mulheres indígenas. Além do patrocínio da Petrobras, o projeto estabeleceu uma extensa rede de parceiros como a Fundação Nacional do Índio (Funai) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Também fazem parte da rede associações de povos indígenas e tradicionais, cooperativas como a Coocaram e empresas com a Inovan e Castanhas Rondônia.