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NOTÍCIA

Polícia retira refugiados que se recusavam a deixar navio

Centenas de pessoas haviam sido resgatadas por transatlântico na quinta-feira e insistiam em serem levadas até a Itália

Data: Sexta-feira, 26/09/2014 00:00
Fonte: Veja. Abril

 

Imigrantes caminham para campo de recepção perto de Nicósia, capital do Chipre. Mais de 300 refugiados sírios foram resgatados por um transatlântico

Imigrantes caminham para campo de recepção perto de Nicósia, capital do Chipre. Mais de 300 refugiados sírios foram resgatados por um transatlântico (Petros Karadjias/AP)


Cerca de 280 refugiados sírios foram retirados nesta sexta-feira de um navio de cruzeiro no porto de Limassol, no Chipre. Eles haviam chegado ao local ainda na quinta, depois de serem resgatados pelo transatlântico, mas negavam-se a deixar a embarcação, insistindo em serem levados até a Itália.


Segundo o vice-diretor da Defesa Civil, Marinos Papadopoulos, todos os imigrantes desembarcaram. “Tudo aconteceu com tranquilidade. Eles aceitaram descer do navio”. A remoção ocorreu depois que uma negociação para que saíssem do transatlântico não teve resultado.


Um grupo de 62 pessoas já havia deixado a embarcação ontem, por conta própria. Os demais serão encaminhados para um centro de recepção perto da capital Nicósia, onde terão abrigo e receberão tratamento médico. Mais de cinquenta crianças fazem parte do grupo.


A recusa em deixar o navio de cruzeiro revoltou o diretor da empresa proprietária da embarcação, que reclamou dos prejuízos provocados pelo resgate. Os refugiados estavam em um barco à deriva quando foram resgatados pelo navio, a pedido das autoridades locais.


Em entrevista à rede de TV estatal RIK, o ministro da Justiça, Ionas Nicolaou, disse que a polícia teve de pressionar os imigrantes para que desembarcassem, mas salientou que a operação ocorreu “sem violência”. Ele informou que as autoridades vão analisar cada caso para determinar quais poderão conseguir asilo no Chipre ou em outro país europeu.


O Chipre, que integra a União Europeia, fica a aproximadamente 100 quilômetros de distância da costa Síria, país atolado em um conflito sangrento que já deixou milhares de mortos desde 2011.


(Com Estadão Conteúdo e agência France-Presse)