As medidas anunciadas ontem, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para melhoria do ambiente de crédito representam uma importante modernização do marco regulatório brasileiro e devem produzir efeitos bastante positivos de curto, médio e longo prazos, afirma, em nota, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal.
"No médio e longo prazo, contribuirão para ampliar a oferta de crédito e reduzir seu custo. No curto prazo, as medidas terão efeito positivo para a melhora das expectativas e da confiança dos agentes econômicos", diz Portugal.
As medidas anunciadas impactam diretamente o crédito, especialmente para a compra de imóveis e automóveis, facilitando de desburocratizando. As medidas complementam a liberação pelo Banco Central de R$ 10 bilhões em recursos para a economia, o BC pretende dar continuidade à distribuição de liquidez na economia, com a alteração de normas de recolhimento compulsórios – dinheiro que os bancos são obrigados a deixar depositados no Banco Central – sobre recursos a prazo.
"O impacto imediato no mercado imobiliário é difícil de se resumir, porque depende muito de outros fatores como as taxas de juros de longo prazo", comentou. "Mas entendo que a finalidade é que os recursos a serem captados sejam usados no mercado imobiliário e no médio prazo deverá ser algo transformador", disse Renato Ventura, diretor executivo da Associação Brasileira das Incorporadoras (Abrainc).
O presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, Flavio Meneghetti, considerou "muito bem-vinda" a medida anunciada pelo ministro.