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NOTÍCIA

Renata Campos está ‘assimilando’ proposta para ser vice de Marina Silva

Data: Sábado, 16/08/2014 00:00
Fonte: Extra

 
viúva de Eduardo Campos, Renata Campos, já foi informada sobre as especulações em torno de seu nome para ocupar o lugar de vice na chapa de Marina Silva na campanha presidencial. 

 
Segundo o Extra, um amigo da família que esteve na residência dela ontem, Renata Campos está “assimilando” a proposta. De acordo com o relato, a companheira de Campos ainda não deu qualquer sinalização se aceitará a missão, mas sabe que terá um papel político maior nos próximos anos. "A Renata tem um sentido de responsabilidade muito grande em relação ao projeto de Eduardo e se até hoje teve um papel político invisível, ela sabe que terá um papel mais “evidente” a partir de agora" explicou o amigo.

 
Ainda de acordo com a publicação, apesar de ter se tornado objeto de especulações para ingressar na chapa do PSB, há algumas dificuldades. A primeira é o fato de Renata serauditora do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco. É preciso estar licenciada do cargo três meses antes das eleições para poder entrar na disputa. Além disso, avalia-se que, apesar de ela ser um “quadro político”, filiada ao PSB há anos e com forte discernimento político, sua atenção está voltada para os cinco filhos, um deles com sete meses. Há, porém, torcida de parte dos socialistas, em especial daqueles mais ligados aEduardo Campos, para que ela aceite a missão, pois avaliam que Renata seria a pessoa com maior força e autoridade para manter vivo o legado do marido no PSB e no cenário político.

 
Um socialista pernambucano, amigo do casal há anos, diz que é cedo para dizer se a possibilidade pode se concretizar:  "O mundo com Eduardo era um. Naquele mundo, não havia possibilidade de Renata ser candidata a nada. Mas, neste mundo novo, que é a ausência dele, não sabemos o que pode acontecer. É preciso esperar. Certamente, Renata seria segurança de que o trabalho de Eduardo teria continuidade".
 
Renata Campos se manteve reclusa em sua casa, enquanto as visitas continuavam a chegar e a se acomodar na varanda e na área ao redor da piscina. Só no final da tarde, ela saiu para falar com aqueles que queriam estar perto da família. Havia recebido a notícia de que sua tia Zélia, mulher de Ariano Suassuna, estava a caminho para participar da celebração de uma missa em homenagem a Eduardo. Ainda muito emocionada, Renata comentou o motivo de se manter reservada: "Eduardo é tão grande, tem tanta coisa que as pessoas já conhecem e tantas mais que não conhecem e deveriam conhecer... Não sei se é possível externar tudo isso neste momento". Ela contou que lhe perguntaram se está medicada. Não está. Não precisa. "É a fortaleza de uma vida bem vivida" disse.

 
Renata conversa com as visitas e se demora em um assunto. Narra que o marido fazia questão de a ter sempre ao seu lado. Fala que ele tinha uma postura bem diferente daqueles que preferem manter a companheira alheia à vida política e profissional. Nos jantares e encontros políticos, Eduardo não questionava se as esposas iriam participar. Apenas chamava Renata. "Eu participei de todas as reuniões políticas importantes. Ele sempre me queria ao seu lado, e isso é uma forma de valorizar."

 
Ela conta que a forma de convivência influenciou quem estava por perto. A esposa de Maurício Rands, Patrícia, foi quem lhe relatou. Rands mantinha reservas a respeito da participação da esposa em suas atividades profissionais, mas passou a incluí-la em reuniões, discussões sobre campanha e programa de governo. Outro exemplo citado por Renata foi de Carlos Percol, assessor de Campos também morto no acidente. Diante de Cecília, a esposa de Percol, Renata lembrou que o assessor passou a ficar mais à vontade em trazê-la para seu mundo profissional por influência de Eduardo. Tanto que, nos últimos meses, Cecília, também jornalista, passou a integrar a equipe de campanha.