ARIPUANÃ, Sexta-feira, 29/03/2024 -

NOTÍCIA

Aneel aprova reajustes de mais de 20% na conta de luz em três Estados

Aumento atingirá mais de 5,8 milhões de consumidores atendidos por empresas de Santa Catarina, Espírito Santo e Pará

Data: Quarta-feira, 06/08/2014 00:00
Fonte: VEJA.ABRIL

 

Subestação de energia das Centrais Elétricas de Santa Catarina

Subestação de energia das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Marcelo Bittencourt/Futura Press/VEJA)


A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira os reajustes das tarifas de energia elétrica da Escelsa, Celesc e Celpa. As novas tarifas passam a vigorar a partir de quinta-feira. Os reajustes médios superam 20% na conta de luz de 5,8 milhões de consumidores atendidos por empresas dos Estados de Santa Catarina, Espírito Santo e Pará. Os índices refletem o aumento do custo da energia, motivado pela seca que reduziu o nível das reservatórios das hidrelétricas, e pelo uso intensivo de térmicas, que geram uma energia mais cara.


Reajustes — Para a Escelsa, que atende 1,4 milhão de unidades consumidoras do Espírito Santo, o reajuste médio será de 23,58%. Para consumidores conectados à baixa tensão, como residenciais, o aumento será de 24,71%, e para a alta tensão, de 21,99%.


As tarifas da Celpa, que atende 2 milhões de unidades consumidoras do Pará, terão um reajuste médio de 34,96%. Os consumidores da baixa tensão terão um aumento de 34,34%, e os da alta tensão, 36,41%.

 

A Celesc, que atende 2,4 milhões de unidades consumidoras de Santa Catarina, terá um reajuste médio de 22,62%. Os consumidores da baixa tensão terão um aumento de 22,76%, e os da alta tensão, 22,42%.


Empréstimos — O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, informou também nesta terça que os reajustes aprovados já têm embutidos parte das contas da elevação do preço futuro da energia elétrica. Outra parte dos custos das distribuidoras, como o encarecimento da energia de curto prazo, será coberto com recursos de um empréstimo oferecido por um consórcio de bancos.


Rufino afirmou que o segundo financiamento, de 6,5 bilhões de reais, deve ser fechado até o fim desta semana. O dinheiro virá de bancos públicos e privados, mas o governo teve de apelar ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para fechar o valor final do empréstimo.


(Com Estadão Conteúdo)