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NOTÍCIA

Riva diz que não é bandido, comenta ações e alega estar apto para disputa

Data: Terça-feira, 29/07/2014 00:00
Fonte: RDnews/ Tarso Nunes

O candidato ao Governo, deputado estadual José Riva (PSD), enfatiza que, ao longo de 10 anos, desde a Operação Arca de Noé, carrega o “fardo” de ser acusado de crime que não cometeu. Este motivo, segundo Riva, foi fundamental para disputar a corrida ao Palácio Paiaguás. Conforme o deputado, objetivo é de esclarecer à população, todas as acusações referente a ele. “Eu não sou bandido, eu não desviei dinheiro. Pelo contrário, eu resgatei o Poder Legislativo que estava na lama”, enfatiza Riva em entrevista ao RDTV - assista aqui.


Riva passou a ser processado após a Operação Arca de Noé, que culminou na prisão do comendador João Arcanjo. Realizada em 2004, a ação apreendeu cheques da Assembleia que, conforme o MPF, seriam destinados à empresas fantasmas. O deputado, por sua vez, se defende ao afirmar que existe um relatório no Tribunal de Contas do Estado (TCE) que explica que houve a compra de materiais e o pagamento dos mesmos. Assim, conforme Riva, não há evidência de desvio de recurso. “Fui apedrejado, atacado e sem direito a resposta”, justifica.


Riva responde a mais de 100 processos. O deputado justifica que o inquérto da Operação foi desmembrado em vários outros. Diante disso, o parlamentar argumenta que qualquer motivo, vira processo contra ele. O social-democrata exemplifica que, após defender a vinda do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para Cuiabá, acabou por surgir mais dois inquéritos com a justificativa de que teria se beneficiado politicamente do moral. “Daqui a pouco esses 100 processos vão virar mil”, argumenta.


Com o número de processos elevados e algumas condenações, há muitos questionamentos acerca de sua elegibilidade. Acontece que, para se enquadrar na Lei da Ficha Limpa o réu precisa ser condenado em três quesitos. O jurídico do parlamentar argumenta isso não acontece. Riva enfatiza que existem casos semelhantes ao dele e que não se tornaram inelegíveis. “Não me vejo inelegível. Quando resolvi ser candidato fui atrás desta questão e me deram garantias jurídicas”, afirma.


Acontece que, nos bastidores, comenta-se que o deputado, caso fica inelegível partiria para um plano B, lançando sua esposa e ex-secretária de Cultura, Janete Riva. O deputado, no entanto, descarta esta ideia e afirma não existir outra opção. “Quando eu estou determinado vou até as últimas consequências. Não iria colocar meu nome por brincadeira”, enfatiza.


 Por causa do impasse jurídico acerca do registro de candidatura, Riva, inclusive, afirma que tem dificuldade estrutural de montar a campanha, tendo em visto que, segundo o parlamentar, não pode ir atrás de doações, assim como há a desconfiança da validade de sua candidatura. “Vamos trabalhar do jeito que der. Quero concentrar-me no corpo a corpo”, conclui. Ele garante, entretanto, estar confiante e que, em breve, consiguirá o aval para tocar a candidatura com tranquilidade.