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“Não tenho vergonha”

De volta à Granja Comary, Neymar exalta companheiros da seleção brasileira, apesar de goleada

Data: Sexta-feira, 11/07/2014 00:00
Fonte: DIÁRIO DA MANHÃ

No segundo dia após a eliminação da Copado Mundo, nenhum dos jogadores que estiveram em campo na maior goleada  da história da seleção brasileira falou à imprensa. O escolhido para conceder entrevista coletiva foi Neymar. De volta à Granja Comary, o craque disse que a seleção brasileira exibiu um "futebol regular" durante todo o Mundial.

 

"A gente fez de tudo para conseguir sercampeão no país em que a gente nasceu. Era a chance de marcar o nome na história, mas a gente falhou, errou e deixou a desejar", reconheceu o camisa 10.

 

"Mostramos um futebol regular, e por isso chegamos à semifinal. Não mostramos um futebol de seleção brasileira, que é superior e encanta a todos", frisou.

  

Neymar incentivou seus companheiros da seleção a "levantar a cabeça" e "encarar como uma final" a decisão do terceiro lugar, contra a Holanda, no sábado, para "terminar a Copa sorrindo". 

 

"Não tenho vergonha de ser brasileiro. Fomos fracassados, sim, perdemos. Mas é o que eu falei, perder e ganhar fazem parte do futebol. Só não queríamos perder dessa forma", comentou o atacante, que explicou que voltou à concentração em Teresópolis porque tinha prometido aos demais jogadores da seleção terminar a participação na Copa com eles.

 

recuperação

  

O craque comemorou que "pelo menos" pode "andar" depois da fratura que sofreu em uma vértebra após a joelhada que levou do lateral Camilo Zúñiga na partida contra a Colômbia, pelas quartas de final. 

 

"Se fosse dois centímetros para dentro, eu poderia estar em uma cadeira de rodas", ressaltou. Neymar também revelou que recebeu uma ligação do jogador colombiano com um pedido de desculpas pelo lance. 

 

"Ele me ligou e pediu desculpas, disse que não queria me machucar, falou muita coisa legal.Desejo que Deus o abençoe, que ele tenha sucesso na carreira dele", contou. 

 

Apesar de ter dito que perdoaria Zúñiga - "não sinto ódio, não sinto nada" -, Neymar afirmou que não encarou a joelhada como uma ação normal do jogo. 

 

"Todo mundo que entende de futebol sabe que não é uma entrada normal. Quando você quer fazer uma falta para parar o contra-ataque, você segura, empurra, atinge o tornozelo. Da forma como ele veio, da forma como a bola estava chegando, não é uma falta normal de jogo", declarou.

 

Sobre o massacre de 7 a 1 sofrido pelo Brasil diante da Alemanha, o atacante reiterou o discurso de "apagão" adotado pela comissão técnica e outros jogadores, mas classificou a derrota como "inexplicável". 

 

"Foi uma coisa inacreditável, inexplicável, eu não consigo explicar, nem tem o que explicar. Foi um apagão, acabamos tomando gols e fica difícil de reverter", disse.

 

"É difícil passar por isso, eu já passei e sei que é difícil conviver com isso. Você não consegue acertar um passe, não consegue fazer nada. Não tem explicação, não vim aqui explicar o que aconteceu na partida. Perguntei para eles (jogadores), e eles falaram que não tem como explicar", acrescentou.  

 

Craque revela torcida por amigos argentinos

  

amizade com Lionel Messi e Javier Mascherano, seus companheiros de Barcelona, falou alto, e Neymar revelou ontem que vai torcer pela Argentina contra a Alemanha na final da Copa do Mundo, no domingo.

 

"Alemanha e Argentina mereceram muito chegar à final, desejo sorte às duas seleções, mas espero que vençam meus companheiros Messi e Mascherano", disse Neymar em entrevista coletiva na Granja Comary, em Teresópolis, aonde voltou para se reintegrar ao elenco da seleção brasileira.

  

"Messi, pela história que tem, por ter conquistado muitas coisas, merece ser campeão. Torço por ele também porque é meu amigo, companheiro", disse.

  

Aos risos, Neymar esclareceu que, como brasileiro, não torce pela Argentina como seleção emcondições normais, mas por seus companheiros de Barcelona, e destacou: "sou Messi Futebol Clube".

  

O atacante também frisou que sempre encarou Messi como um "espelho" e que, desde se transferiu para o Barcelona, passou a admirá-lo "ainda mais".