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NOTÍCIA

Fagundes critica Jayme e diz que grupo "só pensa em dinheiro"

Candidato a senador quer comparar seu mandato com o do democrata

Data: Segunda-feira, 30/06/2014 00:00
Fonte: LAÍSE LUCATELLI/ Midia News

Divulgação

PR lançou Wellington Fagundes como candidato a senador; suplências estão indefinidas

 

Em ato na sede do partido, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá, o PR homologou a candidatura do deputado federal Wellington Fagundes ao Senado, na manhã desta segunda-feira (30). 


Em seu discurso, o parlamentar reforçou as críticas contra seu principal adversário, o senador Jayme Campos (DEM), e também criticou a coligação adversária, encabeçada pelo senador Pedro Taques (PDT) como candidato ao Governo. 


“Quero comparar os últimos oito anos do meu mandato de deputado federal com o mandato do meu adversário como senador. O prefeito Walace Guimarães (PMDB) disse que ele não levou um prego para Várzea Grande. Enquanto eu trabalho por todas as regiões. E um senador teria que, proporcionalmente, trabalhar por 6,33 deputados federais. Na Câmara, vivemos uma briga de foice no escuro, pois somos apenas oito deputados contra 70 de São Paulo”, disse Fagundes.
 

"Não é dinheiro o fundamental numa eleição. Lá estão falando demais em dinheiro. Aqui nós vamos atrás de recursos. Lá existe insatisfação demais"



O deputado também fez menção à liderança de Jayme nas pesquisas de intenção de voto e ao poder financeiro do adversário. 


Ele ainda falou do “racha” ocorrido na coligação, já que os prefeitos de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), e de Rondonópolis, Percival Muniz (PPS), se recusam a fazer campanha para Jayme e prometeram apoiar o republicano.


“Vamos à luta porque não tem eleição ganha antes da hora. Não é dinheiro o fundamental numa eleição. Lá estão falando demais em dinheiro. Aqui nós vamos atrás de recursos. Lá existe insatisfação demais. O Mauro me disse que não tem clima para apoiar o meu adversário, que não esteve no palanque dele em 2012 e ainda teve coragem de dizer que o PSB era um partideco”, afirmou Fagundes.


Após o evento, em entrevista, o deputado sugeriu que ele foi preterido e Jayme Campos foi escolhido candidato na chapa de Taques por critérios financeiros. 


“Isso foi muito falado e onde há fumaça há fogo. É o que eles estão falando, que tem que ter muito dinheiro. Talvez eu tenha sido preterido por isso. Jayme diz que só o tanto de boi dele dá o número de votos necessário”, disse.


Ausência de Maggi 

No evento, Wellington Fagundes destacou também a liderança do senador Blairo Maggi (PR), e afirmou que ele participará da campanha, apesar de estar afastado das atividades partidárias e sequer ter comparecido à convenção. 


“Acabei de falar com Blairo e ele me incentivou e a todos nós nessa caminhada, e disse que podemos contar com ele. Uma pesquisa qualitativa que vimos ontem mostrou que o Blairo é a maior liderança do Estado”, disse Fagundes.


“Quero ser parceiro do Blairo no Senado. Quero ser um senador municipalista, como Cidinho (suplente de Maggi) tem sido, e complementar a atuação do Blairo, que é mais macro”, afirmou.


Fagundes também elogiou o perfil de Lúdio Cabral (PT), candidato a governador da chapa.


“Ele é humano, médico, conhece as dificuldades do cidadão simples. Com ele, esperamos avançar na área social”, disse.


Negociações 

Ainda faltam ser definidos os dois suplentes de Fagundes. Os nomes e os partidos devem ser definidos em reuniões, ao longo do dia de hoje.


O parlamentar defende que a atual candidata a vice-governadora do grupo, a deputada estadual Teté Bezerra (PMDB), ocupe sua suplência. 


Apesar de Teté ter sido homologada como vice na chapa de Lúdio Cabral (PT), o PMDB deixou a ata em aberto, o que abre possibilidade de mudança.