O jogo mais espetacular do dia também teve decisões polêmicas do árbitro. Foi um reencontro dos finalistas do mundial de 2010: Holanda e Espanha. Os holandeses não só se vingaram daquela derrota, como também golearam os campeões por 5 a 1.
Diante dos olhos de Iniesta, um filme de 4 anos passou em poucos segundos. E olhando ao redor, parece que quase nada mudou.
Casillas continua sendo um muro, uma parede que ainda se estica quando é preciso. A Espanha é quase a mesma. Só ficou um pouco brasileira. E a torcida do Brasil não perdoou.
Diego Costa foi vaiado todas as vezes que tocou na bola. Resistindo à pressão, ele driblou e sofreu um pênalti. Xabi Alonso bateu: 1 a 0.
Iniesta deu um passe que lembrou a Espanha de 2010. Mas, de repente, a Holanda lembrou uma seleção muito melhor: o Brasil de 70.
O passe de Blind atravessou o campo e foi parar exatamente na cabeça de Van Persie, que decolou, mergulhou e festejou.
Foi o jogo de uma só seleção. Robben driblou pique, deitou Sérgio Ramos e nem viu Casillas: 2 a 1. Na cobrança de falta, de Vrij bateu na trave, mas a bola entrou: 3 a 1. O que sobrava da Espanha foi demolido na bobeada de Casillas, que perdeu para Van Persie uma bola recuada: 4 a 1.
E foi quando Robben arrancou para o inacreditável. Holanda 5 a 1. O artilheiro é uma máquina de beijinhos, e Casillas uma muralha em ruínas. E outras chances vieram.
Van Persie resumiu: “Foi de cinco, mas poderia ter sido de seis, sete, oito”. A imprensa espanhola concordou, falando em humilhação mundial.
Em 90 minutos, o mundo do futebol mudou mais do que nos últimos quatro anos. Outras campeãs já tinham dado vexame na estreia, mas nunca uma seleção arrasou a vencedora, como a Holanda fez nesta sexta-feira (13), em Salvador.
Enquanto a Holanda desfila, na cabeça dos espanhóis, ainda ecoa o novo ritmo da Bahia: é um olé ensurdecedor. E atrás do trio elétrico só não vai quem já perdeu.