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NOTÍCIA

Professores em greve decidem dormir na Câmara Municipal de Goiânia

Ocupação começou após vereadores rejeitaram impeachment do prefeito. Categoria, em greve há 16 dias, já havia invadido plenário no ano passado.

Data: Terça-feira, 10/06/2014 00:00
Fonte: Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera

Os professores e servidores administrativos da rede municipal de ensino, em greve há 16 dias, decidiram dormir no plenário da Câmara Municipal de Goiânia na noite desta terça-feira (10). Eles ocuparam o plenário após os vereadores rejeitarem o pedido de impeachment do prefeito Paulo Garcia, protocolado pelo Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed), que representa a categoria.


Ao todo, 21 vereadores votaram contra o requerimento, nove a favor e um se absteve. Com o resultado, o pedido foi arquivado e os grevistas invadiram a Casa. Na tentativa de enfraquecer o movimento, a direção da casa desligou as luzes, o ar condicionado e fechou os banheiros do local.

 

A presidência da Câmara dos Vereadores disse que vai esperar completar 24 horas após a ocupação para pedir a reintegração de posse e que o corte de energia e água no local vai ser mantida por tempo indeterminado.


Durante a tarde, alguns dos grevistas conseguiram entrar com comida, água, cobertores e colchões, para dormirem no plenário. “Tem que haver negociação, que é a mesma condição para o fim da greve. Enquanto não tiver negociação, fica complicado da gente desocupar”, disse Hugo Rincon, que faz parte do comando de greve.


A Secretaria Municipal de Educação afirmou que a prefeitura apresentou uma proposta de reposição da data base em para 1º de novembro e que o órgão está aberto ao diálogo e negociações.


A categoria já havia invadido o plenário da Câmara em outubro do ano passado para reivindicar melhorias salariais para os professores.  Na ocasião, a ocupação durou 14 dias e os grevistas só aceitaram deixar o local depois que o prefeito assinou um acordo se comprometendo a atender algumas das exigências da categoria.


Ocupação do plenário começou após vereadores recusarem impeachment de prefeito de Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Ocupação começou após vereadores recusarem impeachment (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)


Greve
A categoria reclama que a Prefeitura de Goiânia não cumpriu o acordo firmado entre as partes em outubro do ano passado, após os servidores pararem as atividades. Isso provocou uma nova greve, inidicada no último dia 26. De acordo com o Simsed, mais de 80% dos profissionais aderiram à paralisação.


Dentre as reivindicações estão o aumento salarial e o retorno de gratificações e o cumprimento da data-base da categoria. Além disso, os professores contestam a destinação de dinheiro reservado à educação para quitação da folha de pagamento da prefeitura.


No ultimo dia 3, a Justiça de Goiás determinou a suspensão da greve dos professores, sob pena de multa diária no valor de R$ 50 mil para o sindicato. Na decisão, o desembargador Geraldo Gonçalves da Costa, da 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), ressaltou que a paralisação acarretará prejuízo à comunidade, com comprometimento do calendário escolar.  No entanto, a greve continua.