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NOTÍCIA

MPF acusa ex-prefeito de Campo Grande por autopromoção em obras

Trad Filho foi denunciado por placas em obras públicas com nome dele. Peemedebista contesta, pois outros nomes de agentes políticos aparecem.

Data: Quinta-feira, 05/06/2014 00:00
Fonte: Do G1 MS com informações da TV Morena

 


O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o ex-prefeito de Campo GrandeNelson Trad Filho (PMDB) por improbidade administrativa. Na ação, o órgão diz que o peemedebista fez autopromoção ao afixar placas em obras públicas com o nome dele. Trad Filho contesta a acusação.


A ação cita os oito anos de mandato. Segundo o MPF, a lei proíbe atribuir nome de administradores a um bem público. O ex-prefeito afirmou que a Constituição Federal exige que o administrador público dê publicidade aos seus atos e, segundo ele, as placas são uma maneira de fazer isso.


Trad Filho mostrou, em um mapa da capital sul-mato-grossense, pontos que representam as 1.044 obras feitas durante as duas gestões dele. Várias foram feitas com dinheiro do governo federal, a do Parque Linear Lagoa é uma delas. Na placa, tem os nomes do então prefeito, do governador André Puccinelli (PMDB) e da presidente da República, Dilma Rousseff (PT).

 

"Todos estão juntos. As placas estão mostrando que essas obras foram inauguradas nas gestões desses agentes políticos. Ora, se estão os nomes deles juntos, por que só meu nome está na ação?", indagou.


Ainda de acordo com Trad Filho, o caráter é apenas educativo e para orientar as pessoas, com transparência, sobre onde está sendo aplicado o dinheiro dos impostos.


A TV Morena entrou em contato com o MPF, que informou que o procurador responsável pela ação não atua mais em Mato Grosso do Sul. Por enquanto, nenhum outro procurador assumiu o caso. A assessoria não informou o motivo da ação citar apenas o ex-prefeito de Campo Grande.


Em uma outra ação, o MPF pede que a prefeitura retire os totens de ruas, praças e da frente de prédios públicos. A assessoria da administração municipal informou que não há motivos para o questionamento do MPF, porque os totens não foram feitos com recursos federais, mas com verba municipal.