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Paulo Coelho se diz decepcionado e chama Ronaldo de "imbecil"

Escritor brasileiro disse que ex-craque deveria "fechar a boca". O escritor Paulo Coelho, que se disse decepcionado com a Copa

Data: Terça-feira, 20/05/2014 00:00
Fonte: Do UOL, em São Paulo

Presente na delegação oficial do Brasil no dia da escolha do país como sede do Mundial de 2014 (evento realizado em 2007), o escritor Paulo Coelho disse estar decepcionado com a Copa. Em entrevista ao Le Journal du Dimanche, ele atacou até o ex-jogador Ronaldo



"Fora de questão (participar do evento)! Eu assistirei aos jogos na TV, mas eu não vou (ao estádio). Eu tenho dois ingressos para jogos, e eu estava na delegação oficial com Lula, Dunga e Romário, quando a Fifa escolheu o Brasil. Estou muito decepcionado com tudo o que aconteceu desde então. Nós poderíamos usar o dinheiro para construir algo diferente de estádios em um país que precisa de tudo: hospitais, escolas, transportes. Ronaldo é um imbecil por dizer que não é o papel da Copa do Mundo para construir esta infraestrutura. Ele deveria fechar a boca", disse o escritor.

 

"Ronaldo é um imbecil por dizer que não é o papel da Copa do Mundo para construir esta infraestrutura. Ele deveria fechar a boca"



"A seleção ganhando ou não, eu tenho certeza que haverá uma explosão social. Haverá pessoas nos estádios e ainda mais pessoas que estarão nas ruas, quando o mundo terá os olhos no Brasil. O contexto é muito tenso. A violência voltou. A Copa do Mundo pode ser uma bênção e um momento de comunhão para nós como foi para a França ou a Alemanha. Mas é um desastre. O país quer mostrar uma face que não é a verdade. Há uma divisão entre o governo e o povo", completou.



Apesar de se recusar a acompanhar o Brasil do estádio, Paulo Coelho disse ser um torcedor fanático por futebol, elegeu o time de Felipão favorito e relembrou o nervosismo que passou no Mundial de 1994.



"Brasil, eu espero (favorito)! Eu gosto muito o Marcelo e o Neymar. Eu sou um espectador apaixonado, eu posso desligar a TV com raiva se as coisas não saem do jeito que eu quiser. Em 1994, eu preferi ir à praia do que ver a disputa de pênaltis da final Brasil e Itália. Meu coração não poderia suportar aquilo", afirmou.