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NOTÍCIA

IBGE: todos os municípios capixabas possuem órgãos ambientais

Apesar de estatística positiva, poder público não coíbe avanço de atividades poluidoras no Estado

Data: Quarta-feira, 30/04/2014 00:00
Fonte: Seculo Diario/ Any Cometti
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quarta-feira (30), em sua Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) 2013, que 90% dos municípios brasileiros dispunham de algum órgão para tratar do meio ambiente no ano passado. O percentual representa um aumento de 5,5 pontos percentuais em relação a 2009, quando 84,5% das cidades tinham órgãos ambientais.

 
No Sudeste, 89% das cidades têm órgãos para tratar do meio ambiente. A região é a quarta colocada no ranking, ficando na frente apenas do Nordeste. Também no Sudeste está a maior presença das cidades que desenvolviam, em 2013, alguma iniciativa na área de consumo sustentável (campanha, legislação ou parceria), totalizando 46% das cidades da região.

 
O Espírito Santo está entre os três únicos estados da federação nos quais todos os municípios possuem uma estrutura dedicada à área ambiental. Amapá e Acre também compõem o grupo. Segundo a Agência Brasil, em termos relativos, a existência de estrutura administrativa na área de meio ambiente cresce à medida que avançam os municípios menos populosos. Entre os municípios com até 5 mil habitantes, 82,3% têm órgãos voltados para o meio ambiente, e esse percentual é ainda maior, chegando a 97,4% entre aqueles com mais de 500 mil habitantes.

 
O Estado também é o segundo de sua região nos registros das maiores proporções de municípios com alagamentos (71,8% dos municípios) e foi o segundo estado no registro dos maiores percentuais de municípios com ocorrência de erosões (44,9%), ficando atrás apenas do Rio de Janeiro (55,4%).

 
Apesar da presença de órgãos ambientais em todos os municípios capixabas, esses não atuam em favor do meio ambiente e das comunidades afetadas por empreendimentos poluidores. Pelo contrário, ignoram as demandas da sociedade civil, emitem licenças em tempo recordes, são omissos na fiscalização e ainda concedem inúmeros benefícios aos projetos. O avanço das atividades portuárias, o investimento cada vez maior nos plantios de eucalipto e a despreocupação com a poluição do ar, além do desrespeito a indígenas, quilombolas e ribeirinhos, são constantes no Estado, em nome daquilo que se convencionou chamar desenvolvimento.