A partir desta terça-feira (8), data em que Cuiabá comemora 295 anos, a população recebe um reajuste de 11,89% na conta da energia elétrica.
O Índice de Reajuste Tarifário Anual da Cemat foi aprovado nesta segunda-feira (7), em reunião da diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O efeito médio para o consumidor será de 11,89%. O reajuste será aplicado a partir de 08 de abril.
O item que mais contribuiu para impactar o IRT foi o custo de Compra de Energia Elétrica (6,76%). Os custos próprios da prestação do serviço de distribuição de energia elétrica, ou seja, custos da Cemat contribuíram para o reajuste tarifário com apenas 2,20%. As informações são da assessoria de imprensa da Cemat.
O aumento já estava previsto e não tem relação com a transferência do controle da Cemat para a Energisa.
A tarifa de energia elétrica de todo o país é definida pela Aneel com base nos custos apresentados pelas distribuidoras, na data de aniversário da assinatura do contrato de concessão.
O reajuste segue as regras previstas no contrato de concessão e na legislação.
Reajuste Tarifário
No processo de Reajuste Tarifário Anual, é feita uma análise das variações reais dos custos não-gerenciáveis da Cemat, também chamados de Parcela A, que compreendem basicamente os encargos setoriais, o custo de compra de energia e o custo de transmissão da energia.
Sobre o restante da receita da concessionária (Parcela B, que considera os custos gerenciáveis pela Cemat) é aplicado um índice que reflete a inflação medida pelo IGP-M descontando-se um fator de produtividade fixado pelo regulador e que deve ser perseguido pela concessionária.
É da Parcela B, excluindo impostos, que a distribuidora vai buscar recuperar os custos de operação, realizar investimentos necessários à expansão e à melhoria do serviço - garantindo sua continuidade e segurança - e remunerar o capital investido.
IRT Econômico
Os componentes financeiros, em linhas gerais, são diferenças tarifárias reconhecidas nos reajustes anuais, que podem ser favoráveis ao consumidor ou à distribuidora.
Efeito médio ou impacto médio para o consumidor é o percentual final, resultado da soma entre o IRT e os componentes financeiros.
Consumidores de baixa tensão (residências, por exemplo), que correspondem a 99,6% do total de consumidores da Cemat, terão reajuste de 11,16%, enquanto clientes de alta tensão (indústrias, por exemplo), que representam 0,4% dos consumidores, terão reajuste de 13,42%.
O Fator X, que reflete a qualidade e produtividade da empresa, ficou em 1,26%.