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Israel quer conversas de paz, mas não “a qualquer preço”, diz Netanyahu

Data: Domingo, 06/04/2014 00:00
Fonte: Por Jeffrey Heller (Reuters)

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo que Israel está disposto a seguir em frente com as negociações de paz mediadas pelos Estados Unidos, mas não "a qualquer custo", ameaçando punir os palestinos por movimentos unilaterais.


Netanyahu não especificou imediatamente que ações ele pode tomar, depois do presidente Mahmoud Abbas ter assinado 15 convenções internacionais, principalmente por meio das Nações Unidas. Israel teme que poderiam dar aos palestinos uma vantagem maior contra o país.


As intensas tentativas do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, de recolocar nos trilhos as conversas, que começaram em julho, e estendê-las para além do prazo final de 29 de abril, foram por água abaixo na semana passada, depois do movimento surpresa de Abbas.


Para os palestinos, Abbas tomou essa medida em resposta ao fracasso de Israel de cumprir a promessa de libertar dezenas de prisioneiros palestinos. Israel disse que, antes, queria um compromisso palestino que eles continuariam as negociações depois do fim do mês.


"Eles (os palestinos) só vão conseguir um país através de negociações diretas e não através de declarações vazias ou de movimentos unilaterais, que servirão apenas para empurrar o acordo de paz para mais longe", disse Netanyahu durante a reunião semanal com seu gabinete.


"Medidas unilaterais por parte deles serão respondidas com medidas unilaterais da nossa parte. Estamos dispostos a prosseguir com as negociações, mas não vamos fazer isso a qualquer preço", disse.


Em entrevista para a rádio Israeli Army Radio, o negociador chefe palestino, Saeb Erekat reagiu às declarações feitas por alguns dos ministros do governo de Netanyahu sobre sanções econômicas contra a Autoridade Palestina de Abbas, que exerce um governo limitado na Cisjordânia ocupada.


"Por que vocês estão nos ameaçando como se estivéssemos enviando homens bomba para Tel Aviv?", questionou Erekat.