Nova tarifa de ônibus não é votada e aumento fica para depois do carnaval

Foto: Olhar Direto

A votação da nova tarifa de ônibus de Cuiabá foi adiada para o próximo mês após um membro do Conselho dos Transportes Urbanos pedir vista da planilha em reunião realizada na tarde desta quinta-feira (27) em Cuiabá. A majoração da passagem seria deliberada hoje, porém deverá ser apreciada daqui a cinco dias úteis, ou seja, depois do carnaval. 

 

Durante o encontro, a planilha estudada pelos técnicos da Secretária Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (SMTU), constatou que o valor da passagem no transporte público municipal deve ficar em R$ 2,97 e não subir para R$ 3,10 como querem os empresários do setor.

Depois de quase 40 minutos de reunião, a representante dos usuários de ônibus no Conselho Municipal de Transportes, Marleide de Oliveira, solicitou a palavra para fazer o pedido de vista da planilha. Uma vez que o Conselho não teve acesso à planilha que seria votada nesta tarde. “Como vamos votar algo que desconhecemos?”, questionou a conselheira.

A reivindicação solitária foi acatada pela maioria dos conselheiros presentes. Dessa forma, ficou estabelecido que dentro de 48h a planilha será entregue a todos os conselheiros e no prazo de cinco dias uma reunião extraordinária será agendada para a votação do documento. 

Conforme o secretário Antenor Figueiredo, o pedido de vista não influenciará no valor já apreciado pelos técnicos da SMTU. “Será apenas para que eles tomam conhecimento de seu teor, pois os dados apresentados são concretos, não tem como burlar”, afirmou.

Pela primeira vez a votação de uma planilha tarifária do transporte público foi aberta para a participação da população. Faixas com o pedido de não aumento e gritos de desaprovações marcaram a reunião. O secretario municipal de Trânsito e Transporte Urbano (SMTU), Antenor Figueiredo, inclusive afirmou que irá repensar a abertura da reunião para os usuários. 

“Essa é a primeira reunião aberta e como se pode ver, não está dando certo, a condição era de que nos deixassem trabalhar”, reclamou o secretário.