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NOTÍCIA

Jovem com nota mais alta no Enem da UFMT passou em 3 universidades

Beatriz Almeida, de 18 anos, foi aprovada para medicina após 3 tentativas. Estudante manteve rotina de estudos pela manhã, de tarde e de noite.

Data: Quarta-feira, 05/02/2014 00:00
Fonte: Carolina Holland Do G1 MT
Beatriz Vilacian estudou de manhã, de tarde e de noite para passar no vestibular (Foto: Arquivo pessoal)
Beatriz Vilacian, 18, foi aprovada em três universidades.
(Foto: Arquivo pessoal)

A rotina de estudos de manhã, de tarde e de noite levaram a estudante Beatriz Vilacian Almeida, de 18 anos, a ser aprovada para o curso de medicina em três instituições públicas de ensino superior. Maior nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) entre os estudantes matriculados na UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), ela poderia ter ainda escolhido a UEL (Universidade Estadual de Londrina) e UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).


“O segredo é estudar muito. É isso”, diz Beatriz. Ela afirma que sempre foi estudiosa, mas que a decisão de fazer medicina em uma faculdade pública fez com que se dedicasse ainda mais na escola. Tanto que teve que deixar de lado a paixão pela natação. “Treinava todos os dias, mas optei por parar para poder ter mais tempo de me preparar pro Enem”, explica.

 

O esforço, porém, só foi recompensado na terceira tentativa de conseguir nota alto o suficiente para o curso de medicina na UFMT. Em 2011, a nota obtida foi bastante alta, mas não o bastante. Poderia ter feito direito, outro curso bastante concorrido, mas preferiu tentar novamente no ano seguinte. Entretanto, mais uma vez, não conseguiu a vaga na instituição que queria – mas conseguiu ser aprovada para medicina em outra faculdade pública.


“Fiz um semestre, mas não era a universidade que eu queria. Então, resolvi tentar de novo”, conta. Na terceira tentativa, deu certo. E em três universidades diferentes. “Dessa última vez eu estava com muito mais garra para estudar porque já tinha passado em uma instituição e começado o curso. Isso me fez ter mais certeza do que eu queria e aumentou mais a vontade de passar”, diz.


Beatriz fez cursinho numa escola participar durante um ano para se preparar para o Enem de 2013. As aulas era das 7h às 12h50. Ela almoçava e, das 14h às 18h, estudava na biblioteca ou ia para os 'plantões de dúvidas' com os professores. Ia para casa, jantava, ficava um pouco com os pais, e ainda estudava cerca de duas horas antes de ir dormir. “Nunca virei a noite estudado. Tinha uma rotina estabelecida”, afirma.


Porém, após um semestre nesse ritmo, ela sentiu que estava muito cansada. E, por mais paradoxal que possa parecer, a solução foi entrar numa academia de ginástica, onde frequentava três vezes por semana, por cerca de 1h30. “O exercício físico ajuda a relaxar e a conseguir me concentrar mais nos estudos. Ia para a academia no intervalo entre os estudos da tarde e da noite”, conta.


Redação e Química
Segundo Beatriz, ela estudou muito todas as disciplinas que iriam cair na prova do Enem, mas deu atenção especial a duas delas. "Sempre tive um pouco de dificuldade em química, então intensifiquei os estudos. E fui nem no exame", diz. Para a outra, uma das soluções foi fazer um cursinho específico. "Fiz um só para redação, mas a partir do segundo semestre. E dedicava todos os domingos para estudar isso. Lia e escrevia bastante". O resultado foi a nota máxima: 1.000.


Pouca balada
A dedicação aos estudos incluiu sacrificar a vida social. "Completei 18 anos em agosto do ano passado e só saí duas vezes depois disso", afirma Beatriz. No resto do ano, programas que ela considera mais 'leves', como ir à casa de amigos. E, ainda assim, somente uma vez por mês. "Os amigos reclamaram, mas entendiam. Era só por um período. Valeu a pena".


E a reação dos pais? Ela ri. "Ah, eles estão felizes da vida. Contam pra todo mundo", diverte-se.